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Venezuela prende opositor acusado de tentar golpe antes da posse

Ex-candidato à presidência, Enrique Márquez é preso acusado de tentativa de golpe antes da posse de Maduro.

Venezuela prende opositor acusado de tentar golpe antes da posse
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Três dias antes da posse de Nicolás Maduro, na Venezuela, o ex-candidato à presidência Enrique Márquez, do partido Centrados, foi preso sob acusação de tentativa de golpe de Estado. O governo venezuelano alega que Márquez estava planejando uma posse paralela de Edmundo González, opositor ao governo, a partir de uma embaixada venezuelana no exterior.

A esposa de Enrique, Sonia Lugo de Márquez, denunciou a prisão em uma rede social, alegando que o marido foi sequestrado por paramilitares, que usaram a força para tentar silenciar aqueles que buscam um país melhor com uma visão diferente da do governo. Ela informou que ele estava preso há 24 horas.

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou que Márquez está sendo acusado de tentar organizar um golpe de Estado e a criação de um governo paralelo. Segundo Cabello, Enrique Márquez seria responsável por articular a posse de González em território venezuelano, com apoio de criminosos em uma embaixada estrangeira.

Por sua vez, deputados da oposição, como Juan Carlos Alvarado, do partido Copei, criticaram qualquer tentativa de formar um governo paralelo. Alvarado afirmou que é inaceitável que se tente deslegitimar as instituições do Estado e assumir o controle de ativos do país no exterior.

Em 2019, o deputado Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino, obteve apoio internacional e assumiu o controle dos ativos venezuelanos fora do país. Agora, Edmundo González, candidato à presidência pela Plataforma Unitária, acusa o governo de fraude nas eleições presidenciais de 2024 e promete retornar ao país antes da posse de Maduro, marcada para sexta-feira (10). Manifestantes da oposição convocaram protestos para quarta-feira (9).

A prisão de Enrique Márquez gerou repercussão internacional. Desde a reeleição de Maduro, em julho de 2024, Márquez denunciava a falta de transparência nas eleições. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou a detenção e afirmou que isso o impediria de comparecer à posse de Maduro. Petro também lembrou a prisão de Carlos Correa, defensor dos direitos humanos na Venezuela.

Carlos Correa, diretor da ONG venezuelana Espaço Público, foi detido por “funcionários de segurança” em Caracas, e seu paradeiro permanece desconhecido. Petro, no entanto, afirmou que a Colômbia não romperá relações com a Venezuela, mas pediu o respeito aos direitos humanos no país.

A oposição venezuelana e parte da comunidade internacional, como os Estados Unidos e a União Europeia, alegam que as eleições de 2024 não seguiram as regras do país, pois não houve auditorias e os resultados não foram divulgados por mesa eleitoral, como sempre ocorreu. Esses protestos contra os resultados eleitorais resultaram em dezenas de mortes e mais de 2 mil prisões. Nas últimas semanas, mais de 1,5 mil presos foram libertados.

O governo de Maduro, por outro lado, defende que as eleições foram validadas pelas instituições do país, como o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), e exige que a oposição aceite a decisão dos tribunais e que governos estrangeiros não interfiram nos assuntos internos da Venezuela.

FONTE/CRÉDITOS: Agência Brasil
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