O Tribunal Superior Eleitoral começou a julgar, nesta terça-feira, em conjunto, três Ações de Investigação Judicial Eleitoral nas quais o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de abuso de poder político durante o período eleitoral do ano passado.
Os processos, dois protocolados pelo PDT e um pelas coligações do PT e do PSOL, tratam do uso de bens públicos, os palácios do Planalto e o da Alvorada, para atos de campanha eleitoral e eventos em que políticos e artistas anunciaram apoio à reeleição do então candidato Bolsonaro e de seu vice, general Braga Netto.
No início do julgamento, o advogado da Coligação Brasil da Esperança, Ângelo Longo Ferraro, defendeu que as ações são procedentes já que Bolsonaro fez uso da residência oficial e do Planalto como palco para atos de campanha.
Já o advogado de defesa, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, criticou o julgamento coletivo das ações e afirmou que os processos não estavam maduros para análise, a exemplo da ação que questiona reunião de Bolsonaro com governadores e cantores sertanejos, entre os dias 3 e 6 de outubro do ano passado.
Na sequência, o vice-procurador eleitoral Paulo Gonet defendeu a improcedência das ações por considerar que as provas são insuficientes.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, encerrou a sessão e o julgamento terá continuidade na próxima terça-feira, com o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves.
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