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TJRR promove oficinas natalinas para jovens que cumprem medidas socioeducativas

As oficinas natalinas envolvem a confecção de pinheiros de natal destacando a sustentabilidade.

TJRR promove oficinas natalinas para jovens que cumprem medidas socioeducativas
Nucri/TJRR
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Por meio do Projeto Leitura Abre Portas, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), em parceria com a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), realizou oficinas natalinas no Centro Socioeducativo Homero de Souza Cruz Filho e no Centro de Semiliberdade. As atividades, que ocorreram nos dias 18, 21 e 25 de novembro, envolveram a confecção de pinheiros de Natal com materiais reciclados, unindo aprendizado, criatividade e sustentabilidade.

A iniciativa teve como objetivo promover a interação entre os adolescentes assistidos pelo Leitura Abre Portas e os demais internos, incentivando a troca de experiências e o hábito da leitura. A ação foi conduzida por profissionais do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), da Biblioteca do TJRR e do Centro Socioeducativo.Contou ainda  com a participação do Programa Justiça Comunitária, que promoveu uma dinâmica sobre o tema "Projetando o Futuro".

De acordo com a bibliotecária do TJRR e integrante do Projeto, Madrice Cunha, a oficina não só incentiva a criatividade, mas fomenta a leitura e resgata o espírito natalino. 

“Através da lenda do Pinheiro de Natal, trabalhamos a importância da leitura e contextualizamos o significado do Natal para os jovens. Além disso, buscamos incentivar e fomentar a leitura entre os adolescentes do Sistema Socioeducativo de Roraima”, destacou.

Além de desenvolver habilidades técnicas, as oficinas oferecem benefícios emocionais, sociais e ambientais. Ao explorar valores como responsabilidade, sustentabilidade e coletividade, a ação reforça a cultura de paz, o respeito mútuo e a reflexão crítica entre os jovens. Os pinheiros produzidos serão entregues às famílias dos adolescentes durante o encerramento das atividades do PLAP no final do ano.

O diretor do CSE, Genildo da Silva, ressaltou que ao proporcionar momentos que revivem o afeto e as memórias positivas, busca-se fortalecer a autoestima e o vínculo familiar dos jovens, elementos essenciais para sua reintegração ao convívio familiar e comunitário. 

Para o diretor do Semiliberdade, Aldevan Dias, em um primeiro momento, as oficinas para confecção de pinheiros de Natal podem parecer simples, mas para os adolescentes envolvem significados profundos, como o afeto e a aproximação com seus familiares. Além disso, destacam-se pela importância da sustentabilidade, ao promover o reuso de materiais que, de outra forma, seriam descartados — como no caso das revistas.

"Nosso propósito aqui é justamente resgatar essas lembranças afetivas com esses jovens, para que eles ingressem no processo de ressocialização e possam retornar ao convívio familiar. A atividade também desempenha uma função pedagógica essencial", afirmou.

A proposta também promove a conscientização sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, com ênfase no ODS 12, que trata do consumo e produção responsáveis. Os jovens foram incentivados a refletir sobre a importância de prevenir, reduzir, reciclar e reutilizar resíduos, alinhando-se à meta global de sustentabilidade.

Para a coordenadora do Programa Justiça Comunitária, Marcelle Grécia Wottrich, a parceria entre os projetos fortalece a atuação no incentivo à reflexão e à comunicação não-violenta. 

“A Justiça Comunitária sempre esteve ao lado do projeto Leitura Abre Portas, trazendo dinâmicas que destacam a importância de uma comunicação não-violenta. Propomos aos jovens uma reflexão sobre suas qualidades, sua família, suas vivências, para que saiam daqui mais fortes, especialmente em um momento como este, que é o Natal”, concluiu.

O projeto Leitura Abre Portas foi destaque na categoria "Serviços Judiciários Inovadores para os usuários", ficando na 14ª posição do 1º Prêmio de Inovação do Poder Judiciário, instituído pelo CNJ com base na Resolução n. 395/2021 (Política Nacional de Gestão da Inovação), o qual contou com aproximadamente 300 inscritos.

FONTE/CRÉDITOS: Nucri/TJRR
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