O Ministério da Saúde incorporou a Tafenoquina 150mg, medicamento em dose única para a cura da malária. E o território Yanomami em Roraima é a primeira região do Brasil a receber o medicamento. A oferta no sistema de saúde é um ganho para a população, uma vez que o novo tratamento é mais rápido e efetivo. O material já chegou ao estado e o quantitativo atende a necessidade de toda a população local nos próximos 6 meses.
O envio de 8 mil esquemas de tratamento para o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami é uma das ações para responder à emergência de saúde pública no território, onde a malária ainda é uma doença endêmica. A oferta do medicamento é resultado de uma grande articulação de diversos órgãos e entidades deste governo, já que envolveu áreas de pesquisa, de vigilância em saúde, de incorporação tecnológica e logística, com foco em ter resultados sobre o uso do medicamento em regiões endêmicas e utilizar esses dados para avaliar a incorporação.
Em todo o ano de 2023, foram notificados 30.972 casos de malária no DSEI Yanomami. Destes, 21.685 são casos de malária vivax e 9.287 de malária falciparum ou mista (SIVEP Malária). O medicamento é usado para o tratamento da primeira. O enfrentamento à doença tem sido tratado como prioridade pela atual gestão, que tem atuado de forma articulada junto a outros ministérios e instâncias do governo. Para além do atendimento aos indígenas yanomamis, o remédio também será disponibilizado para todo o Brasil e novos quantitativos estão disponíveis conforme a necessidade.
Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, o acesso à tafenoquina demonstra como a inovação em saúde deve estar a serviço da população. “Estamos fortalecendo a inovação tecnológica no SUS, de forma que a ciência e a tecnologia respondam às necessidades da população. Esse é um medicamento com potencial de cura, ou seja, capaz de dar vida para as pessoas que estiveram por muito tempo negligenciadas e vulnerabilizadas. Por isso, é importante sempre destacar que o nosso compromisso é com a vida e saúde de todos os brasileiros”, salientou.
Descontinuidade atrapalha
Além de beneficiar a população, a oferta traz ganho para as equipes de saúde que atuam em campo, já que umas das grandes dificuldades era a continuidade do tratamento. Até então, o esquema terapêutico disponível no SUS poderia ter duração de uma a oito semanas. Com a tafenoquina, é usada dose única. O medicamento será disponibilizado para pacientes com mais de 16 anos para infecção aguda.
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