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Tecnologia, infraestrutura marcam avanços nas escolas indígenas

Mais de mil alunos atendidos em 12 escolas contam com ensino bilíngue e iniciativas voltadas ao fortalecimento da identidade cultural.

Tecnologia, infraestrutura marcam avanços nas escolas indígenas
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Na semana em que se celebra o Dia dos Povos Indígenas (19 de abril), a Prefeitura de Boa Vista reforça seu compromisso com a valorização cultural por meio de investimentos expressivos na educação. A Rede Municipal de Ensino conta atualmente com 12 escolas nas comunidades, que atendem 1.015 alunos, com estrutura de qualidade, acesso à tecnologia, ensino bilíngue e iniciativas voltadas ao fortalecimento da identidade dos povos originários.

Nas escolas indígenas, o ensino vai muito além da sala de aula tradicional. Os alunos têm a oportunidade de aprender a língua materna (Macuxi e/ou Wapichana) e utilizam ferramentas modernas, como tabletschromebooks e Playtable, além do Laboratório Didático Móvel, que potencializam o aprendizado e a proposta pedagógica da rede como um todo.

É o caso da Escola Municipal Indígena Vicente André da Silva, localizada na comunidade Truaru da Cabeceira. A unidade conta ainda com uma Sala de Recursos Multifuncionais equipada com o programa TIX Letramento, voltado para o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Por lá, seis crianças são atendidas, entre alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), deficiência física e intelectual.

Educação com identidade

Na visão do gestor da unidade, Marque Batista, manter viva a identidade cultural das crianças indígenas é uma responsabilidade que começa dentro da escola. “A gente tem uma missão importante, que é ensinar às nossas crianças sobre a cultura indígena. A prefeitura tem dado esse incentivo e apoio para manter viva a nossa língua, nossas tradições e brincadeiras típicas. Isso motiva as crianças e fortalece o aprendizado”, afirmou.

Para o 2º tuxaua da comunidade Truaru da Cabeceira, Manoel de Souza, esses avanços representam mais do que inclusão. “É uma forma de garantir que nossa cultura continue viva. A escola, com o apoio da prefeitura, tem valorizado nossa língua e nossa história. As crianças são o nosso futuro e é com elas que esse resgate se tornará realidade”, explicou.

Vozes indígenas da nova geração

Os investimentos refletem em melhorias práticas na vida dos estudantes. Maitê Tavares, de 6 anos, por exemplo, foi uma das beneficiadas pelo Projeto Bem-Te-Vi, que oferta óculos de grau a alunos da rede municipal, de forma gratuita.

A escola foi atendida no 2° semestre do ano passado e a pequena foi uma das contempladas. “Antes, eu não conseguia enxergar direito o que estava no quadro. Agora, melhorou muito. Eu e minha mãe escolhemos essa armação e já me acostumei a usar”, contou a aluna.

Wesley Andrey, de 10 anos, demonstrou orgulho em participar das aulas de Wapichana. “Não acho difícil a língua e acho muito legal aprender sobre, pois sinto orgulho em ser indígena”, contou.

Tecnologia e estrutura que fazem a diferença

Além da estrutura pedagógica, a prefeitura também garante o bem-estar dos alunos indígenas com transporte escolar, café da manhã, merenda com cardápio adaptado às tradições locais e projetos que promovem a integração entre comunidades, como os Jogos Escolares Indígenas, que este ano chega à sua 4ª edição, com modalidades como cabo de guerra, arco e flecha, corrida livre e outras práticas tradicionais.

Três escolas já foram contempladas com quadras poliesportivas cobertas, que incluem assentos e pintura lúdica voltada à Primeira Infância. Elas também passaram por revitalização completa, com troca de forro, parte elétrica e climatização. Isso assegura o conforto e a valorização dos espaços de aprendizagem para os estudantes. Outras unidades também receberão melhorias.

FONTE/CRÉDITOS: SEMUC
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