O Governo do Estado, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), alerta a população roraimense para a importância do combate aos criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Somente no início deste ano, segundo a CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde), foram notificados 640 casos suspeitos da doença no Estado, um número considerado bastante expressivo.
“Há um aumento no número de casos quando comparamos com o mesmo período de 2022, e esse aumento está relacionado à busca da população no serviço de saúde e à sensibilização da rede de notificação na identificação desses casos”, explicou a gerente do NCFAD (Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue), Rosângela Santos.
Os dados da CGVS apontaram ainda 160 casos prováveis, ou seja, que levam em consideração as confirmações, os que estão aguardando resultado e casos inconclusivos.
A preocupação das autoridades de saúde do Estado também leva em consideração os resultados do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti) o mais recente, com a grande maioria dos municípios apresentando alerta de risco para transmissão das arboviroses.
“Para que possamos diminuir o risco de as pessoas adoecerem principalmente no período chuvoso que se aproxima, é necessário que nós façamos o controle do vetor que transmite essas arboviroses. É muito importante que a população ajude [as autoridades de saúde] nesse processo”, completou a gerente.
Dentre as medidas que podem impedir o crescimento da dengue e outras doenças causadas pelo Aedes aegypti está a execução de medidas simples, como a limpeza regular dos quintais, cuidados com o lixo doméstico e proteção de recipientes que possam acumular água parada.
“A maioria dos focos do mosquito foram encontrados em depósitos passíveis de remoção como lixo, garrafas PET, descartáveis, restos de construção, vasos de planta, entre outros. Então, isso nos mostra que é possível reduzir os riscos de infestação se cada morador organizar o seu lixo e eliminar depósitos que acumulam água, é fundamental também que a gestão dos municípios ofereça o serviço regular de coleta de lixo e regularidade no fornecimento de água”, pontuou.
Em caso de sintomas como febre, seguido de náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo, dores nas juntas, dor de cabeça e atrás dos olhos, a recomendação é que o paciente busque atendimento na UBS (unidade básica de saúde) mais próxima para avaliação médica e notificação do caso.
“Se sentir os sintomas, busque uma unidade de saúde para receber o atendimento adequado e dessa forma evitar casos graves e óbitos, precisamos entender que essas arboviroses [zika, chikungunya, dengue e febre amarela urbana] são doenças que podem matar”, alertou Rosângela.
Além de orientar a população, a CGVS tem desenvolvido uma série de ações com foco no controle das arboviroses no Estado.
Tais iniciativas incluem a realização de visitas técnicas para o fortalecimento da vigilância epidemiológica, entomológica e laboratorial dos municípios, além de oficinas e capacitações sobre implementação de fluxos de atendimento ao paciente e ampliação da capacidade operacional do controle vetorial com o objetivo de minimizar os riscos de adoecimento e óbitos pela doença.
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