A Secretaria de Saúde informa que Roraima registrou 14.607 casos de Malária nos cinco primeiros meses de 2023, representando um aumento de 33,6% em relação ao mesmo período no ano de 2022.
Conforme o Núcleo de Controle da Malária, foram contabilizados 3.296 casos em janeiro, 3.204 em fevereiro, 3.434 em março, 2.566 em abril e 2.107 em maio.
Com relação aos casos de 2022, o estado registrou 10.932 casos da doença, sendo 2.087 em janeiro, 2.053 em fevereiro, 2.553 em março, 1.978 em abril e 2.261 em maio.
Vale lembrar que os referidos dados constam no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde e estão sujeitos a alterações.
PREVENÇÃO
Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão:
- uso de mosquiteiros;
- roupas que protejam pernas e braços
- telas em portas e janelas
- uso de repelentes.
Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são
- borrifação residual intradomiciliar;
- uso de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração;
- drenagem e aterro de criadouros;
- pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor;
- limpeza das margens dos criadouros;
- modificação do fluxo da água;
- controle da vegetação aquática;
- melhoramento da moradia e das condições de trabalho;
- uso racional da terra.
TRANSMISSÃO:
A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium. O mosquito anofelino também é conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno.
Apenas as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são capazes de transmitir a malária. A malária não pode ser transmitida pela água.
Os locais preferenciais escolhidos pelos mosquitos transmissores da malária para colocar seus ovos (criadouros) são coleções de água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia Brasileira. O ciclo se inicia quando o mosquito pica um indivíduo com malária sugando o sangue com parasitos (plasmódios). No mosquito, os plasmódios se desenvolvem e se multiplicam. O ciclo se completa quando estes mosquitos infectados picam um novo indivíduo, infectando a pessoa com os parasitos.
Desta forma, o ciclo de transmissão envolve: O plasmódio (parasito), o anofelino (mosquito vetor) e humanos.
O período de incubação, ou seja, o intervalo entre a aquisição do parasito pela picada da fêmea do mosquito até o surgimento dos primeiros sintomas, varia de acordo com a espécie de plasmódio. Para Plamodium falciparum, mínimo de sete dias; P. vivax, de 10 a 30 dias e P. malariae, 18 a 30 dias. Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Outras formas de transmissão também podem ocorrer em casos mais raros por: transfusão sanguínea, uso de seringas contaminadas, acidentes de laboratório e transmissão congênita.
TRATAMENTO LOCAL
Em Roraima, os municípios são acompanhados por uma equipe de multiprofissionais estruturados para atuar no combate à malária. Em Boa Vista, é possível realizar o teste nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no Hospital da Criança Santo Antônio.
As UBS que ofertam o serviço são a do Sílvio Botelho, Caranã, Olenka Macellaro, Asa Branca, Sayonara, Buritis, Pricumã e 13 de Setembro, além do Hospital da Criança Santo Antônio.
Nas unidades estaduais, a Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, Hospital Geral de Roraima (HGR) e o Pronto Atendimento Cosme Silva disponibilizam também o diagnóstico.
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