Para garantir às reeducandas da CPFBV (Cadeia Pública Feminina de Boa Vista) dignidade e a livre manifestação religiosa, prevista no artigo 5° da Constituição Federal e no artigo 24 da Lei de Execução Penal, foi realizada neste domingo,18, a cerimônia de batismo de 29 mulheres internas da unidade prisional
A ação é única, feita em parceria da Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, que presta assistência religiosa dentro da unidade prisional, com a realização de cultos dentro do CPFBV.
O levantamento das reeducandas que participam da cerimônia foi feito pela própria igreja, a partir do interesse dessas mulheres.
O secretário titular da Sejuc, André Fernandes, salientou que a assistência religiosa é um dos direitos previstos por lei, portanto, é obrigação do Estado garantir a livre manifestação religiosa e que a educação espiritual aconteça dentro das unidades prisionais. Fernandes lembrou ainda que, por muitas vezes, a fé é uma ferramenta para que as presas possam enfrentar as adversidades.
“A ação é muito importante, especialmente porque muitas internas se sentem desamparadas pela família e sofrem de depressão. Nesse sentido, além do apoio psicológico, a espiritualidade também as ajuda a passar por isso”, complementou.
Após o batismo foram feitas palestras, também teve corte de cabelo, hidratação, design de sobrancelhas, massagem e também entrega de kits com produtos de higiene feminina para as participantes
PROJETOS SOCIAIS
Por acreditar que a ressocialização é o melhor caminho para uma nova realidade para os reeducandos, o estado vem realizando ações voltadas à força de trabalho como forma de reinserção à sociedade após o cumprimento de pena.
Desenvolvido na CPFBV, o “Costurando Recomeços” foi criado em setembro de 2021 e, atualmente, atende a 12 mulheres no projeto, que consiste na produção de bonecas e na qualificação da força de trabalho das participantes.
Outro projeto desenvolvido no sistema prisional e reconhecido pela sociedade civil é o projeto “Renascer”, que consiste na ressocialização de reeducandos por meio da força de trabalho. Atualmente, 50 internos homens do sistema prisional participam da iniciativa, atuando e aprendendo ofícios nas áreas de mecânica elétrica, lanternagem, posto de lavagem, serralheria, borracharia, marcenaria e barbearia.
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