O cenário climático global ganha contornos preocupantes com a recente atualização da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que aponta para uma extensão do fenômeno El Niño além das previsões iniciais. De acordo com a agência vinculada à ONU, o El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, deverá persistir até, pelo menos, abril de 2024.

Desenvolvimento Acelerado e Possível Pico em 2024:

A rápida evolução do El Niño ao longo deste ano surpreendeu os especialistas, levando a crer que o fenômeno atingirá seu pico no primeiro semestre do próximo ano. Este evento climático, que normalmente tem uma duração média de doze meses, exerce um impacto direto na temperatura global, elevando os termômetros em escala mundial.

Recordes de Calor e Impactos no Clima:

O prolongamento do El Niño traz consigo uma perspectiva sombria para as condições climáticas em 2024. A Organização Meteorológica Mundial alerta que, assim como neste ano, o próximo ano também pode testemunhar recordes de calor. Desde janeiro de 2023, a temperatura média do planeta é a mais elevada já registrada, superando em 1,43°C a média histórica, conforme dados do Copernicus, o Programa de Observação da Terra da União Europeia.

Previsões para 2023 e Possível Recorde Histórico:

A análise do Copernicus destaca que, mesmo sem o ano ter chegado ao fim, é "praticamente certo" que 2023 será considerado o ano mais quente em 125 mil anos. O último mês de outubro, em particular, foi marcado por temperaturas excepcionalmente altas, contribuindo para a trajetória ascendente do aquecimento global.

O prolongamento do El Niño e as projeções alarmantes para as temperaturas globais indicam a urgência de medidas efetivas para enfrentar as mudanças climáticas. A comunidade internacional, cientistas e governos são desafiados a intensificar esforços na busca por soluções sustentáveis e mitigação dos impactos do aquecimento global. O futuro do planeta está em jogo, e a resposta a esses desafios será determinante para as gerações vindouras.