Leigos, padres, religiosos e religiosas se reúnem na manhã deste sábado (19), para o segundo dia da Pré-Assembleia Diocesana de Roraima. A programação ocorre no salão da Igreja Nossa Senhora da Consolata e segue até a tarde de domingo (20).
Após o momento de oração, os participantes ouviram uma análise sobre a conjuntura de todo o país, envolvendo a situação política, econômica e histórica do Brasil. A fala foi conduzida pelo professor Doutor em Sociologia, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Marcelo Serárifico, que acredita ter sido uma oportunidade de estabelecer uma conexão entre o momento político, econômico e social do país do passado com a atualidade. “Primeiro com processos que vêm se desenrolando há décadas e, em segundo lugar, pra gente começar a fabular alternativas para construção de um país que seja justo, igualitário e livre”, disse o sociólogo.
Em questionamento da importância da Igreja Católica, enquanto coordenadores de movimentos, pastorais comunidades, saberem dessa conjuntura, Marcelo disse ser fundamental “para a Igreja e para todos os segmentos da sociedade organizados, ou que pretendem se organizar, situar as concepções sobre a realidade pautadas por essa perspectiva histórica e vinculada também ao jogo das forças políticas”, completou o professor da UFAM.
Após a escuta do sociólogo, a Pré-Assembleia Diocesana incentivou aos grupos de leigos, indígenas e religiosos e religiosas a refletirem sobre a relação entre a conjuntura atual do Brasil e a experiência de vida atual e quais os grupos e camadas sociais comprometidos com a democratização da sociedade e do Estado, no Brasil; como também, saber sobre estes grupos que resistem à essa democratização. Em seguida, os três grupos se reuniram no salão e expôs suas reflexões e respostas às situações.
O turno da tarde
A programação no horário da tarde contou com a fala do padre Francisco Mário Castro, que abordou sobre a caminhada da Igreja em Roraima, principalmente diante das escutas realizadas nas comunidades. Nessa busca dos registros da caminhada cristã, o padre encontrou que desde 1976 a Igreja pensa nas causas sociais ainda debatidas na atualidade.
Uma das metas na Assembleia Diocesana da época era descobrir o rosto da Igreja para traçar linhas de ação que conduzisse a uma Igreja ministerial e orgânica, como também para que a ação evangelizadora respondesse às reais necessidades do povo de Roraima. “Então você vai percebendo que as questões que a gente viu agora, da conjuntura, a Igreja sempre se preocupa com os problemas que estão ali como base e nos pés do povo”, disse o padre em apresentação.
O pe. Mário expôs ainda, que, com a chegada de Dom Aparecido, em 1996, os processos de escuta foram inovados com envio de cartas para as comunidades. Após o momento, a Mesa dos Ecos deu voz às temáticas ministerialidade, clericalismo, Iniciação à Vida Cristã (IVC), migração e povos indígenas. Cada representante das temáticas explanou suas situações e proposições para melhorar as movimentações.
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