Cerca de 30 policiais civis, entre delegados, escrivães e agentes da PCRR (Polícia Civil de Roraima), participaram de um curso sobre “Cadeia de Custódia – Autenticidade de Arquivos Eletrônicos”, realizado no Laboratório de IERR (Informática do Instituto de Educação de Roraima). A formação, concluída nessa segunda-feira, 14, integra o Programa de Capacitação Continuada da corporação, coordenado pelo Nupen (Núcleo de Pesquisa e Ensino).
Com carga horária de quatro horas, as aulas abordaram, de forma teórica e prática, técnicas de manipulação de vestígios eletrônicos e o uso de softwares voltados para autenticação por meio da geração de códigos hash — fundamentais na preservação da integridade de provas digitais.
O curso, ministrado pelo perito criminal da Polícia Civil, Anaximandro Soares Coimbra, seguirá ao longo do mês de abril, com quatro turmas. A primeira ocorreu no dia 7, a segunda no dia 14, a terceira terá início no dia 22 e a última será realizada no dia 28. As inscrições estão disponíveis no site da Escola de Governo.
“O curso ganha importância na medida em que a informática toma conta de todos os processos. Hoje o processo criminal tem sua origem e todo o seu trâmite dentro da via eletrônica, e isso é importante para garantir a integridade dos arquivos que são inseridos e examinados dentro do processo”, destacou o perito Anaximandro.
O delegado da DGH (Delegacia Geral de Homicídios), Luiz Fernando, ressaltou a relevância do curso diante dos avanços tecnológicos e da necessidade de preservar a cadeia de custódia no contexto digital.
“Quando a sociedade percebe que a Polícia opera com rigor técnico e ético, há um aumento na credibilidade das investigações produzidas. Portanto, no mundo cada vez mais digital, onde a maioria das interações ocorre online, a capacitação das forças policiais em práticas de preservação e documentação de provas digitais se torna indispensável. Isso garante que os crimes sejam combatidos de maneira eficaz, respeitando os direitos dos cidadãos e promovendo a justiça. A cadeia de custódia das provas digitais não é apenas uma formalidade, mas sim um pilar das investigações modernas”, enfatizou o delegado.
A escrivã de polícia Jucélia Oliveira, lotada na delegacia de Pacaraima, também participou da capacitação e destacou a importância do tema na rotina policial.
“A gente trabalha muito na área da tecnologia, e usamos muito as redes sociais, os meios eletrônicos para o nosso trabalho. Então, esse curso nos mostra exatamente como ter o cuidado nas extrações e na coleta de dados eletrônicos que são extraídos para gerar provas, e, também, a forma correta em que ela será armazenada para evitar que se perca a autenticidade do documento através da criptografia dos códigos hash”, ressaltou a escrivã.
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