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Policia federal mira pilotos e financiadores do garimpo ilegal em Roraima

Operação Buruburu* cumpre 48 mandados contra pilotos e financiadores do garimpo na Terra Indígena Yanomami.

Policia federal mira pilotos e financiadores do garimpo ilegal em Roraima
Foto: Ascom PF
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 A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (17/8) a Operação Buruburu, com o objetivo de desarticular parte da logística utilizada pelo garimpo na Terra Indígena Yanomami (TIY), em especial, pilotos e mecânicos de aeronaves que atuariam na região.

Mais de 50 policiais cumprem 11 mandados de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão e 19 mandados com medidas cautelares diversas da prisão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima. Os mandados são cumpridos nos estados de Goiás, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima. Também houve a determinação do bloqueio de quase R$ 308 milhões dos investigados.

As investigações tiveram início no começo deste ano, após um levantamento da PF identificar quase uma dezena de aeronaves recorrentes em investigações contra o tráfico de drogas e o garimpo ilegal pertencerem a um mesmo empresário, que também seria proprietário de mais de 10 processos minerários na Agência Nacional de Mineração.

A organização criminosa investigada se dividiria em 4 núcleos, um responsável por financiar as atividades de garimpo ilegal na TIY, outro por “esquentar” os minérios retirados ilegalmente, um terceiro seria integrado pelos pilotos e um último cuidaria da manutenção e recuperação das aeronaves utilizadas nos crimes.

O inquérito policial indica que a estrutura de aeronaves e logística utilizada pelo garimpo ilegal seria compartilhada para a prática de outros crimes, inclusive o tráfico de drogas, de forma que vários investigados já possuem passagens por este e outros crimes, como integrar facções criminosas.

Além dos 33 alvos da operação de hoje, o inquérito apura o envolvimento de mais 36 suspeitos, totalizando 69 investigados entre pilotos, mecânicos e empresários financiadores dos crimes.

*O nome da operação faz alusão à onomatopeia de como indígenas Yanomami se referem a aeronaves quando as veem.

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