A investigação para esclarecer o descarte de cachorros em uma área do Anel Viário, realizada pela PCRR (Polícia Civil de Roraima), foi concluída por agentes da DPMA (Delegacia de Polícia do Meio Ambiente), coordenados pelo delegado titular, Francisco Araújo. Não foi constatado o crime de maus-tratos aos animais, mas de poluição ambiental, com descartes dos restos de cachorros.
No dia 26 de março foi registrado um B.O. (Boletim de Ocorrência) na CF (Central de Flagrantes), em que uma mulher relatou ter pagado para uma clínica para cremar o corpo de seu cachorro e, para sua surpresa, viu por meio de denúncias nas redes sociais que seu animal havia sido descartado juntamente com outros cachorros em uma área baldia no Anel Viário.
De acordo com informações prestadas pelo delegado Francisco Araújo, diante da repercussão do caso na mídia e nas redes sociais, o caso passou a ser investigado.
“Ouvimos os representantes da clínica e chegamos à conclusão que quem fez o descarte dos animais foi o motorista de uma empresa contratada para fazer o transporte dos cachorros para efetuar a incineração”, disse.
Segundo o delegado, funcionários da clínica veterinária foram na casa dos clientes e pegaram os animais já mortos. A clínica veterinária tinha um contrato com a empresa para que fosse realizada a incineração dos animais. A empresa ficou responsável pelos animais, quando já estavam mortos.
O motorista P.D.A.S., de 49 anos, foi o responsável, segundo o delegado, para transportar os animais até o local da incineração.
“O motorista ao chegar na outra empresa para fazer a incineração, viu que estava fechada, e ao invés de retornar para o local em que trabalha para guardar os animais, decidiu, por conta própria, fazer o descarte dos animais no local onde foram encontrados”, relatou.
O delegado disse ainda que quando a matéria foi veiculada na imprensa, deu-se a entender que os animais estariam vivos, teriam sofrido maus-tratos e sacrificados.
“Não houve isso. Somente para esclarecer à população e aos amantes dos animais que os cachorros já estavam mortos e deveriam ser incinerados. Desta forma, concluímos que não houve crime de maus-tratos aos animais, e apuramos que ocorreu o crime de poluição ambiental com o descarte dos restos dos cachorros jogados no local. No âmbito da Polícia Civil o caso está concluído, identificada a autoria, a responsabilidade e já encaminhado ao Judiciário”, disse.
Contra o motorista foi lavrado um TCO (termo circunstanciado de ocorrência), considerado um crime de menor potencial ofensivo.
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