A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da equipe da Delegacia de São João da Baliza, e a equipe da PMRR (Polícia Militar), numa ação integrada, cumpriram o mandado de prisão preventiva de dois homens, de 18 e 43 anos e de busca e apreensão de um adolescente, de 15 anos, apontados como autores da execução, com requintes de crueldade, da jovem Eduarda de Oliveira Aguiar, de 19 anos.
A jovem desapareceu no dia 21 de novembro de 2024 em São João da Baliza e foi encontrada morta na manhã de sábado, dia 23, em uma vala, com o corpo oculto por folhas de bananeira. O crime brutal, ocorreu em um contexto ligado ao tráfico de drogas.
De acordo com informações prestadas pelo delegado regional Hans Hellebrandt, que estava de plantão no final de semana, a vítima foi vista pela última vez em um local conhecido por atividades ilícitas. O delegado instaurou inquérito policial para esclarecer as circunstâncias do crime e a identidade de todos os autores do homicídio.
Segundo testemunhas, a mulher teria sido morta em represália por que os acusados desconfiaram que ela teria repassado informações à Polícia Militar, que resultaram na prisão de um membro da facção criminosa à qual os suspeitos pertencem.
Informações iniciais da família indicaram que a vítima poderia estar na casa de A. S. C., de 43 anos, conhecido como “Menon". Familiares da vítima afirmam terem sido ameaçados por ele quando tentaram acessar o local e acionaram a Polícia Militar.
Contudo, a investigação confirmou que mulher não estava viva e que foi assassinada com extrema violência, incluindo enforcamento, mutilação, uma vez que cortaram sua língua e descarte do corpo em uma vala.
Devido a comoção causada na região, o MPRR (Ministério Público) representou pela prisão preventiva dos envolvidos, sendo deferida pela Justiça.
PRISÃO DOS ENVOLVIDOS - No dia 23, a equipe da Polícia Civil prendeu A. S. C., de 43 anos. Em seguida, numa ação integrada com a Polícia Militar prenderam L. C. A. R., de 18 anos, apelidado de "Cavalo". No domingo, dia 24, o adolescente de 15 anos, foi apreendido por uma equipe da Polícia Civil.
A Justiça decretou a prisão preventiva também de I. M. A., que ainda não foi localizado.
DEPOIMENTOS E RECONSTITUIÇÃO DOS FATOS - Testemunhas relataram que Eduarda foi morta dentro da casa de Menon, local onde frequentemente usava drogas. As investigações apontam que o adolescente de 15 anos apreendido, foi quem planejou todo o crime. Ele é irmão da pessoa que teria sido presa, supostamente por causa das informações da vítima. O crime foi planejado na casa L. C. A. R., onde todo o grupo se reuniu para acertar os detalhes da morte da jovem.
O acusado Menon é apontado como sendo a pessoa que “armou casinha”, ou seja, atraiu a jovem até sua casa, que fica em frente à casa de L. C. A. R.
No local da execução, o acusado conta que usou droga com a jovem e, depois, saiu e a deixou trancada. Em seguida, o adolescente e mais dois homens foram ao local onde a torturaram e a executaram.
Um dos suspeitos confessou ter somente cedido a casa para que o crime fosse planejado, mas que não participou da execução. Disse também ter visto o corpo da vítima, depois, em uma vala nos fundos da residência de Menon.
AVANÇO NAS INVESTIGAÇÕES - Com base nos depoimentos e evidências, a Polícia Civil continua as diligências para esclarecer a participação de outros envolvidos no crime.
Comentários: