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Pesquisadores da UFRR fazem diagnostico socioambiental no Baixo Rio Branco

Desse trabalho serão propostas atividades de extensão para atender as demandas identificadas nas comunidades

Pesquisadores da UFRR fazem diagnostico socioambiental no Baixo Rio Branco
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A missão faz parte do projeto intitulado “Estratégias de Ordenamento Territorial em Comunidades de Interesse Socioambiental”, dentro do Programa Nacional de Cooperação acadêmica -PROCAD AMAZÔNIA (CAPES), submetido pela Universidade Federal de Roraima.

 

As duas primeiras viagens ao baixo rio Branco aconteceram em 2019 e 2020 para o conhecimento geográfico da região, com visitas nas dezesseis comunidades ribeirinhas. Inicialmente o projeto foi coordenado pelo professor doutor Antonio Tolrino de Rezende Veras, que faleceu de Covid, em 2020. Esta terceira etapa de campo foi financiada conjuntamente pelos programas PROCAD -Amazônia (CAPES) do Programa de Pós-graduação em Geografia (UFRR), Programa de Desenvolvimento da Pós-graduação – PDPG Amazônia Legal e o Programa Profissional de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos – PROFÁGUA (UFRR).

 

Este estudo de campo contou com a participação de seis pesquisadores e duas mestrandas da UFRR, coordenado pelos professores doutores Stélio Soares Tavares Junior e Luiza Câmara Beserra Neta, dos Programas de Pós-graduação em Geografia e Programa Profissional de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos da UFRR. O desafio do grupo é continuar o projeto idealizado pelo professor Veras. Desta vez a missão foi fazer um diagnóstico socioambiental. É um trabalho importante, pois amplia o conhecimento sobre uma região rica em recursos naturais e culturais, porém pouco conhecida pela distância e pela precária comunicação, segundo o professor Stélio. “Esta é uma oportunidade de a universidade ampliar seu banco de informações e criar projetos para contribuir com a gestão pública”.

Os pesquisadores se concentraram na Vila Santa Maria do Boiaçu, município de Rorainópolis. A saída da embarcação foi no porto do município de Caracaraí, a 310 km de Boiaçu. Os pesquisadores fizeram a análise da paisagem, das atividades econômicas, das potencialidades para desenvolver produtos da sociobiodiversidade com o objetivo de subsidiar arranjos produtivos locais, além da construção do futuro plano de manejo das recentes Unidades Estaduais de Conservação de Roraima. Para a professora doutora Elisângela Lacerda, do PPGGEO, esse é um trabalho inédito da UFFR e vai trazer benefícios para os povos tradicionais. “Serão propostas atividades de extensão para atender as demandas identificadas nas comunidades visitadas durante as missões”, explicou.

 

Dentro da Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, área representada pelos professores Vladimir de Souza, Carlos Eduardo e Elizete Holanda, foi feito um estudo preliminar dos impactos ambientais da região hidrográfica do baixo rio Branco. De acordo com o professor Souza, “esta é uma área com poucos estudos e que representa grande importância, pois na região está a foz do rio Branco, que drena 90% das águas do estado de Roraima e de países que fazem fronteira com o Brasil, como Venezuela e Guiana”.

 

PRODUÇÃO ACADÊMICA – Desse trabalho serão propostas atividades de extensão para atender as demandas identificadas nas comunidades visitadas nas três missões. Também serão desenvolvidos produtos, como livros, artigos e um atlas do baixo rio Branco. Além de incentivar a produção acadêmica entre as instituições de ensino superior parceiras dentro do PROCAD AMAZÔNIA, como os Programas de Pós-graduação das Universidades Federais de Rondônia (UNIR) e Ceará (UFC), a missão possibilitou a duas estudantes de mestrado da UFRR, Airlene Carvalho (PROFÁGUA) e Luiza Naiana da Silva (PPGGEO), o levantamento de informações e aplicação de questionário na comunidade de Santa Maria do Boiaçu para a dissertação de mestrado.

 

BAIXO RIO BRANCO – A região no Sul de Roraima engloba dezesseis comunidades ribeirinhas banhadas pelos rios Branco, Jauaperi, Xeriuini, Amajaú, Caicubi, Jufari e Negro, os quais fazem parte da Bacia Hidrográfica da Amazônia e integram o conjunto de cursos d´água utilizados pela população ao longo dos processos de ocupação e povoamento do território. É importante destacar que algumas dessas comunidades estão localizadas em Áreas Protegidas, sob a normatização da União e do Estado de Roraima, como a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), criada em julho de 2020, por meio da Lei Estadual nº 1.174, e a Reserva Extrativista Baixo rio Branco-Jauaperi – RESEX, criada por meio do decreto federal Nº 9.401, de 6 de junho de 2018. Por serem áreas protegidas, já é uma justificativa para execução de um programa de atividades socioambientais e de educação ambiental em favor desses povos tradicionais.

 

FONTE/CRÉDITOS: Airlene Carvalho Jornalista e mestranda do ProfÁgua/UFRR
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