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Peregrinação marca manhã do Jubileu dos Povos Indígenas em Surumu

O ato reuniu fiéis, lideranças indígenas e missionários, reforçando o espírito de caminhada e esperança.

Peregrinação marca manhã do Jubileu dos Povos Indígenas em Surumu
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A manhã deste sábado (26) foi marcada pela peregrinação rumo ao Centro Indígena de Formação, na comunidade de Surumu, durante o Jubileu dos Povos Indígenas. O ato reuniu fiéis, lideranças indígenas e missionários, reforçando o espírito de caminhada e esperança que inspira este grande momento de celebração dos 300 anos de evangelização.

Fotos: Lucas Rossetti - Monte Roraima FM

Às 9h, a concentração de participantes no Aeroporto de Surumu deu início à peregrinação, que percorreu estradas de barro até o Centro, carregando símbolos da fé e da resistência dos povos originários. Para o bispo de Roraima e presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), Dom Evaristo Spengler, a caminhada traduz o sentido profundo do jubileu.

"Todo jubileu envolve uma peregrinação, para nos lembrar que somos peregrinos neste mundo. O Papa nos recorda que somos peregrinos da esperança, e essa esperança não decepciona. Queremos que este caminho nos ajude a estreitar os laços com a Igreja, a renovar a vida pessoal e a assumir o compromisso com o Deus que caminha conosco", disse Dom Evaristo durante a celebração.

Fotos: Lucas Rossetti - Monte Roraima FM

A peregrinação também preparou o ambiente espiritual para a ordenação diaconal do jovem indígena Djavan André da Silva, momento especial que ocorrerá ainda neste sábado. Segundo o padre Mattia Bezze, a caminhada carrega um duplo significado. "Esta peregrinação é tanto parte do jubileu quanto uma preparação para a ordenação de Djavan. Caminhar juntos simboliza a trajetória da vida, onde queremos trazer a graça do jubileu e celebrar a escolha do Djavan de servir à Igreja", afirmou.

Para os indígenas da comunidade, a peregrinação foi ainda um resgate da história de luta e conquista dos povos originários. Djacir Melchior da Silva, pai de Djavan, destacou a importância do caminho percorrido.

"Quando a Igreja chegou entre nós, incentivou o olhar para a vida e para a ajuda mútua. Hoje, nesta peregrinação, lembramos das lideranças que iniciaram esse trabalho, conquistaram a terra e deixaram o exemplo para que nossos jovens continuem buscando uma vida digna e livre", declarou emocionado.

Mensagem aos jovens

Durante a programação, Dom Evaristo deixou uma mensagem especial aos jovens indígenas, convocando-os a continuar a luta por seus direitos.

"Este jubileu é uma memória agradecida pela luta dos povos indígenas por seus direitos, pela terra e pela liberdade. Jovens, não traiam seu povo, não deixem que caminhem sozinhos. É a vez de vocês assumirem essa causa, especialmente agora, diante da ameaça do marco temporal. O direito dos povos indígenas é ancestral e deve ser respeitado. Permaneçam firmes na fé e no compromisso de formar comunidades vivas, alimentadas pelo Evangelho e pelo sonho do Reino de Deus", concluiu o bispo.

A programação do Jubileu dos Povos Indígenas segue ao longo do dia, com celebrações e a ordenação de Djavan, reforçando a aliança entre a Igreja e os povos indígenas de Roraima.

 

FONTE/CRÉDITOS: Filipe Gustavo
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