Informações da pesquisa “O Impacto da pandemia de coronavírus nos Pequenos Negócios – 14ª edição”, realizada pelo SEBRAE em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que o faturamento mensal dessas empresas reduziu, em média, 51% durante a pandemia no estado de Roraima.
A pesquisa foi realizada em todo o país entre o período de 25 de abril a 02 de maio deste ano. Empatado com Bahia e Amapá, Roraima é o terceiro estado que mais sofreu com os impactos da pandemia.
Também foi analisada a comparação de faturamento deste ano com 2021. Em abril de 2022, por exemplo, 35% das empresas consultadas afirmaram que o faturamento diminuiu em relação ao ano anterior. Para 30% das empresas, este faturamento aumentou e para 29% delas, permaneceu igual. 5% dos entrevistados não souberam responder.
Alguns fatores foram citados como os responsáveis por esta queda. Em Roraima, 60% das empresas afirmaram que o aumento dos custos com insumos/mercadoria, combustíveis, aluguel energia acarretou o baixo faturamento.
Respectivamente, 13%, 2% e 1% das empresas culpam dívidas com: empréstimos, fornecedores e impostos, 9% acreditam que a falta de clientes fez perderem o faturamento, 12% apontam outros motivos e 3% citam a pandemia de uma forma geral.
GASTO COM ALUGUEL E OUTRAS DÍVIDAS
Ainda de acordo com os dados, do total de empresas consultadas no estado, 53% gastam com aluguel do imóvel. Desses, 55% tiveram o valor da locação reajustamento nos últimos 12 meses. Em relação às dívidas, 39% dos pequenos negócios têm dívidas, mas não estão em atraso, enquanto 24% têm dívidas ou empréstimos que estão em atraso. Os outros 37% não têm dívidas ou empréstimos no momento.
Pelo menos 35% das empresas com dívidas responderam que esses débitos representam menos de 30% dos custos mensais com o empreendimento. Para 29% dos pequenos negócios, os custos com dívidas são entre 30% a 50%. E 24% dos empreendimentos informaram que o pagamento dessas dívidas representa 50% dos custos mensais da sua empresa.
Conforme a pesquisa, 51% das empresas buscaram empréstimos bancários. Dessas, 33% conseguiram enquanto 59% não obtiveram êxito e 8% aguardam resposta. Em contrapartida, 51% dos pequenos negócios realizou algum investimento na empresa nos últimos dois anos. Desses, 54% adquiriram equipamentos, 20% ampliaram o espaço físico, 21% fez treinamento de empregados, 17% investiram em instalação e máquinas de informática, cada. Além disso, 8% investiram em treinamento com sócios e em software, cada. Por fim, 7% das empresas adquiriram veículos novos e 26% investiram em outros itens.
HÁ PERSPECTIVA DE MELHORA?
Em Roraima, a maioria dos pequenos negócios acredita que a situação econômica vai voltar ao normal em pelo menos 18 meses.
As redes sociais, inclusive, foram ferramentas utilizadas para atravessar esse período. 64% dos pequenos empresários utilizaram o WhatsApp, Facebook e Instagram para fazer a divulgação do seu produto.
FAMPE
Uma das alternativas para tirar os empresários do sufoco seria o Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), do SEBRAE que formaliza parcerias com as instituições financeiras que passam a utilizar os recursos do FAMPE, como garantias complementares às operações de crédito contratadas, possibilitando que mais pequenas empresas tenham suas necessidades de crédito atendidas.
Podem solicitar pequenos negócios formalizados urbanos como Microempreendedores Individuais, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, além de pequenas agroindústrias formalizadas conforme parâmetros da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.
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