O Brasil tem ao menos 32 mil crianças e adolescentes afastados do convívio familiar, vivendo em abrigos públicos, lares de organizações não-governamentais ou com famílias que participam de programas de acolhimento familiar.

São jovens que sofreram negligência e violência física ou psicológica por parte de pai, mãe ou responsáveis ou mesmo que foram abandonados.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento do Conselho Nacional de Justiça, obtidos e divulgados pelo UOL, entre 2015 e julho deste ano, o Brasil registrou pouco mais de 27 mil acolhimentos de crianças e adolescentes entre 0 e 18 anos com o motivo de abandono.

Na média, são 262 casos por mês; ou 8 por dia – uma média que torna os números ainda mais impactantes.

O ato de abandonar incapaz é crime no Brasil e as penas variam de seis meses a três anos de prisão, mas podem chegar a 12 anos se o abandono resultar na morte do bebê, criança ou adolescente,

Denúncias de casos de abandono podem ser feitas ao Conselho Tutelar da sua cidade, à polícia ou no canal Disque 100, do governo federal, que funciona 24 horas, todos os dias da semana.

Vale lembrar que, há no Brasil, a possibilidade de entrega legal do bebê recém-nascido.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, gestantes ou mães que demonstrem interesse em entregar o filho para adoção deve informar à Vara da Infância e Juventude. É responsabilidade do judiciário receber essas crianças e encaminhá-las para uma instituição de acolhimento.

A entrega voluntária, independentemente de qual seja o motivo, não gera nenhum tipo de penalidade para a mulher, diferente do abandono, que é crime.