Um recente levantamento realizado pela ONG Thing Olga, dedicada à promoção da igualdade de gênero, revela um quadro preocupante da saúde mental das mulheres brasileiras. A pesquisa ouviu 1.078 mulheres de 18 a 65 anos em todo o país, com o objetivo de traçar um panorama abrangente dessa questão. Os resultados apontam para níveis alarmantes de sobrecarga, estresse, ansiedade e insatisfação entre as entrevistadas.
De acordo com o estudo, 55% das mulheres brasileiras relatam sentir-se ansiosas, enquanto 49 em cada 100 afirmam estar enfrentando situações de estresse. Além disso, sentimentos como irritação, exaustão, baixa autoestima e tristeza também foram citados por pelo menos uma em cada 4 entrevistadas. Esses números refletem a pressão enfrentada pelas mulheres em seu dia a dia.
Entre os fatores que mais prejudicam a saúde mental das mulheres estão a sobrecarga de trabalho, tanto no âmbito doméstico quanto no profissional, e a pressão financeira. Cerca de 4 em cada 10 entrevistadas afirmaram ser a única ou a principal responsável pelo sustento da casa. A pressão para equilibrar múltiplas tarefas e responsabilidades, muitas vezes sem o apoio necessário, está causando um impacto significativo na saúde emocional das mulheres.
Além disso, o desafio de conciliar uma rotina intensa com o cuidado de crianças e idosos também foi identificado como um fator que afeta negativamente a saúde mental das mulheres. A falta de políticas de suporte à maternidade e ao envelhecimento da população torna essa tarefa ainda mais árdua.
A pesquisa da Thing Olga destaca a necessidade urgente de criar um ambiente mais favorável para as mulheres, onde a sobrecarga e as pressões sejam aliviadas. É fundamental que a sociedade reconheça a importância do equilíbrio entre trabalho, cuidados domésticos e responsabilidades financeiras, além de promover uma divisão mais igualitária de tarefas no lar.
A saúde mental das mulheres é uma questão de grande relevância, e é fundamental que sejam tomadas medidas para garantir que elas tenham acesso a apoio psicológico e emocional quando necessário. Além disso, é importante desafiar estereótipos de gênero e normas sociais que perpetuam essa sobrecarga.
A pesquisa da Thing Olga destaca a importância de continuar discutindo e abordando questões de gênero, igualdade e saúde mental. É um lembrete de que, para construir uma sociedade mais justa e equitativa, é crucial cuidar do bem-estar das mulheres e proporcionar-lhes o apoio e as condições necessárias para que possam enfrentar os desafios da vida com mais tranquilidade e satisfação.
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