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MPF pede suspensão de contratos para perfuração de poços com empresa que responde por garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

Órgão ministerial também pediu, com urgência, proibição de acesso ou permanência de sócios da empresa na terra indígena.

MPF pede suspensão de contratos para perfuração de poços com empresa que responde por garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami
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O ministério público federal (MPF) solicitou à justiça federal em Roraima, com urgência, a suspensão de contratos para perfuração de poços artesianos na terra indígena yanomami (TIY) com a empresa cataratas poços artesianos. A empresa é acusada de garimpo ilegal na região. Também foi solicitada a proibição de acesso ou permanência dos sócios da empresa no território indígena. Para o MPF, além de irregularidades no contrato com a empresa, a contratação teria o potencial de “ser utilizada como tentativa de conferir” legitimidade à manutenção da presença de infratores na TIY.

No último dia 10 de março, o 6º batalhão de engenharia de construção, em Roraima, vinculado ao comando militar da Amazônia, contratou a cataratas, por dispensa de licitação, para construir um poço artesiano na região de surucucu, no 4º pelotão especial de fronteira (4º PEF), com orçamento de r$ 185 mil. Mais recentemente, a mesma empresa teria sido contratada pela secretaria especial de saúde indígena (SESAI) para a instalação de um poço na unidade básica de saúde indígena de surucucu, situada nas imediações do 4º PEF..

Denúncia - segundo as investigações que embasaram a denúncia do, PF, a organização criminosa tanto fornecia infraestrutura para outros grupos de garimpo, com a operação irregular de aeronaves e o transporte ilícito de combustíveis, quanto promovia diretamente a extração em alguns pontos da TIY e agia na comercialização de minérios, escoando o produto da lavra ilegal. A atividade de perfuração de poços artesianos funcionava justamente como ferramenta de ocultação entre recursos de origem lícita e ilícita, operando, portanto, como mecanismo de atos de lavagem de bens e valores pela empresa.

A empresa cataratas poços artesianos e seus respectivos sócios foram denunciados pelo MPF em 2022, e depois se tornaram réus, pela exploração ilegal de minérios na terra indígena. As pessoas físicas, entre outros delitos, ainda respondem por lavagem de bens, por integrarem organização criminosa e por dificultarem as investigações

Em nota, a empresa cataratas poços artesianos informou que "a defesa não tem conhecimento se há uma ação judicial do MPF com o objetivo de interromper esse contrato.  E finalizou a nota falando que “a interrupção de um contrato legal, que se objetiva a levar o melhor para as comunidades indígenas, é uma medida que contraria o que defende o próprio ministério público federal, pois impedirá, ou no mínimo, retardará o acesso daquela população à água, elemento natural indispensável a sobrevivência humana”.

Reprodução: G1 RR

FONTE/CRÉDITOS: mpf.mp.br
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