A inspeção realizada pela Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE/RR) sobre a acessibilidade no aeroporto de Boa Vista, ocorrida no dia 11 de junho, gerou uma onda de mobilização entre os parlamentares estaduais e federais.
Na última semana, uma comitiva formada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), o senador Mecias de Jesus (Republicanos) e o deputado estadual Marcos Jorge (Republicanos) esteve em Brasília para discutir a questão com órgãos federais.
A comitiva levou o assunto ao Ministério de Portos e Aeroportos, buscando esclarecimentos sobre a retirada da ponte de embarque (finger). Até o início da primeira semana de julho, a DPE/RR apresentará um relatório sobre as condições de acessibilidade no único aeroporto do estado.
Segundo o defensor público-geral, Oleno Matos, os esforços conjuntos entre os parlamentares e a Defensoria Pública visam assegurar que o aeroporto de Boa Vista se torne um exemplo de acessibilidade.
"Queremos garantir que todos os passageiros, independentemente de suas limitações, possam utilizar as instalações com segurança e conforto. A expectativa é que, com a pressão das autoridades locais e o apoio dos órgãos federais, as questões pendentes sejam resolvidas de forma rápida”, frisou.
ENTENDA O CASO:
Após inúmeras reclamações de passageiros, a DPE/RR solicitou esclarecimentos à concessionária do aeroporto e realizou uma visita técnica em 11 de junho para verificar se as obras estão em conformidade com as normas de acessibilidade estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O relatório incluirá informações observadas na visita técnica, o que precisa ser melhorado, impressões de usuários e dados adicionais coletados pela equipe jurídica e de engenharia.
De acordo com o defensor público Wagner Santos, durante a visita, a Vinci Airports, que administra o aeroporto em Roraima, apresentou as medidas temporárias adotadas como alternativa após a retirada das pontes de embarque de passageiros e explicou os motivos que levaram à retirada dessa estrutura.
"Analisamos as medidas tomadas, mas ainda assim, detectamos que existem providências adicionais que precisam ser adotadas para garantir uma boa acessibilidade não só para pessoas com deficiência, mas também para pessoas com mobilidade reduzida, como obesos, idosos, gestantes, entre outros”, ressaltou o defensor. Ele explicou que o relatório será fundamental para embasar futuras ações e recomendações.
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