Rádio Monte Roraima FM

(95) 3624-4064

Notícias/Religião

Missão de fé e solidariedade: Jovem italiano encerra missão em Roraima após um ano de trabalho com migrantes venezuelanos

Nicola Zattra, de 31 anos da Diocese de Vicenza, na Itália, dedicou seu tempo em Roraima com projetos de saúde, educação e formação para migrantes.

Missão de fé e solidariedade: Jovem italiano encerra missão em Roraima após um ano de trabalho com migrantes venezuelanos
Foto reprodução: Nicola Zattra
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

Nicola Zattra, um jovem missionário leigo de 31 anos da Diocese de Vicenza, na Itália, chegou a Roraima em fevereiro de 2024 para uma missão de quase um ano. Com um coração voltado para o serviço, ele dedicou seu tempo a projetos de saúde, educação e formação para migrantes venezuelanos.

O jovem missionário Nicola, chegou a Roraima em fevereiro de 2024, após um longo processo de documentação e preparação. Sua missão foi fruto de um acordo entre a Diocese de Vicenza, na Itália, e a Diocese de Roraima, no Brasil. Como missionário leigo fidei donum (termo que significa "dom da fé"), ele não pertence a uma congregação religiosa, mas foi enviado para servir como voluntário, especialmente junto à Cáritas, no apoio a migrantes venezuelanos.

Durante seu tempo em Roraima, Nicola trabalhou em diversas frentes, desde a regularização migratória até o desenvolvimento de projetos nas áreas de saúde e educação. Ele também atuou em Pacaraima, cidade fronteiriça, onde a Cáritas já tinha uma presença consolidada. "Foi muito serviço, muito trabalho para acompanhar a migração aqui no estado de Roraima", relata.

Projetos e desafios

Entre as principais ações desenvolvidas por Nicola, destacam-se os projetos de saúde e educação. Ele ajudou a implementar iniciativas que beneficiavam não apenas migrantes, mas também famílias locais em situação de vulnerabilidade. "A caridade é para todos", enfatiza. Um dos projetos incluía cursos de português para migrantes, além de apoio a crianças e jovens em situação de risco.

Nicola também participou de ações de regularização migratória, ajudando venezuelanos a obter documentação como visto de refúgio e residência. "O sentido era apoiar a pastoral na regularização, fazer documentação de refúgio, de residência", explica.

A motivação para a missão

A decisão de se tornar missionário não foi algo que Nicola planejou desde o início. Ele já havia realizado trabalhos voluntários em outros países, como Tailândia e Colômbia, mas foi na Itália, junto à sua diocese, que ele sentiu o chamado para uma missão mais longa. "Eu estava fazendo serviço voluntário na minha diocese, especialmente com uma fundação que trabalha com missões", conta.

A escolha pelo Brasil veio após um pedido específico de seu bispo, que sugeriu um local onde ele pudesse aprender o idioma rapidamente. "Eu pedi para chegar a um lugar onde eu pudesse aprender o idioma rápido para me comunicar com as pessoas", relembra. A experiência em Roraima, no entanto, foi a mais longa e desafiadora de sua trajetória.

Após quase um ano de missão, Nicola se prepara para deixar o Brasil. Seu visto e o acordo entre as dioceses tinham prazo determinado, mas o legado que ele deixa vai além do tempo. "A gente faz a sua parte", reflete. Para ele, o trabalho missionário é como uma "gota d'água no oceano": pequena, mas capaz de inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo.

Nicola destaca a importância de focar nas pessoas que estão ao nosso redor, mesmo quando os desafios parecem grandes demais. "A questão passa por aquela criança, aquela família que você encontra naquele dia", afirma. Ele cita uma fundadora da organização Talita Cum, que começou ajudando uma única pessoa e hoje dirige uma grande instituição. "Ela me falou: 'Eu fiz o que eu achava que ia ser bom ajudando uma pessoa'".

FONTE/CRÉDITOS: Dennefer Costa
Comentários:

Veja também

Faça seu pedido :)