Um ano após o governo federal decretar emergência em saúde pública na Terra Indígena Yanomami e iniciar a expulsão de garimpeiros ilegais, três ministros estiveram em Roraima, nessa quarta-feira (10), para monitorar a situação do povo Yanomami. Os ministros dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, visitaram Auaris, na região de fronteira do Brasil com a Venezuela e se reuniram com lideranças Yanomami.
A visita ocorreu um dia depois da reunião ministerial, convocada pelo presidente Lula, para tratar da situação do povo Yanomami e da liberação de crédito extraordinário de R$ 1,2 bilhão, neste ano, para implementar ações na região. A ministra Sônia Guajajara explicou a nova etapa de implantação de uma Casa de Governo, para concentrar a atuação permanente de segurança e políticas públicas.
O plano de ação permanente será apresentado dentro de um mês. A ministra Marina Silva reforçou a necessidade da segurança na área, para garantir o trabalho do Ibama e da Funai.
O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, também anunciou a construção do primeiro hospital indígena do Brasil, que será instalado em Boa Vista. Outra medida é que o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas passará a ter equipes permanentes em Roraima, a partir da segunda quinzena de fevereiro. O ministro Silvio Almeida comentou a importância de todas as ações anunciadas.
Há mais de 30 anos, a TI Yanomami foi demarcada no Amazonas e Roraima, na fronteira com a Venezuela. São mais de 9 milhões de hectares, que abrigam oito povos, somando cerca de 31 mil indígenas.
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