Nesta semana, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra HPV quadrivalente, a ampliação alcança um público mais vulnerável ao risco de desenvolvimento de cânceres associados ao vírus, já que esse risco é quatro vezes maior entre pessoas vivendo com HIV/Aids e transplantados.
A vacinação terá o esquema tradicional de três doses da imunização, independentemente da idade. O público-alvo são meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, homens e mulheres imunossuprimidos de 9 a 45 anos que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
O HPV é responsável pela infecção sexualmente transmitida mais comum em todo o mundo, mas a maioria dessas infecções é transitória que é combatida pelo sistema imune. O vírus pode se manifestar com lesões benignas, como verrugas.
A infectologista Ana Helena Germoglio, explicou com mais detalhes. “O HPV é conhecido por causar verrugas, mas uma das grandes doenças que pode se prevenir com a vacina contra o HPV não são somente as verrugas, mas sim os vírus que são potencialmente causadores de doenças oncológicas. Câncer de colo de útero, câncer de reto, câncer de pênis, que são causados pelos principais vírus oncogênicos que são liberados pelo HPV. Então daí a importância de a gente ampliar essa vacina para a população”, diz a médica.
Cálculos da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que no Brasil existem cerca de 9 a 10 milhões de pessoas infectadas por esse vírus. A cada ano surgem em média 700 mil novos casos de infecção.
Ana Helena pontua ainda que a rede privada também conta com essa proteção. “Quem tiver fora desse critério de indicação, mas que puder arcar na rede privada com a imunização contra HPV tem sempre um grande benefício. Porque você, com uma simples dose de vacina, consegue prevenir vários tipos de neoplasia”, explicou.
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