Nesta sexta-feira, 13 de outubro, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez um alarmante pronunciamento sobre a preocupante situação do Amazonas, descrevendo-a como perigosa e declarando o Brasil em estado de "emergência climática". O estado da região amazônica enfrenta uma forte estiagem com um aumento acentuado nos focos de queimadas no mês de outubro, um cenário agravado pelo fenômeno climático El Niño.

Marina Silva anunciou um reforço de 149 brigadistas que se somarão aos esforços já em andamento para combater os incêndios no estado. Além disso, fez um apelo à população para que pare de fazer queimadas, ação que contribui significativamente para a expansão desses incêndios.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que os primeiros 12 dias de outubro registraram mais de 2.770 focos de incêndio no Amazonas, o maior número para o mês desde 1998, quando a série histórica foi iniciada. O aumento alarmante dos focos de incêndio destaca a gravidade da situação e a necessidade de ação imediata.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, destacou que a maioria dos focos de incêndio está concentrada na fronteira do desmatamento, particularmente no sul do estado, e nas proximidades de Manaus. Os municípios de Careiro e Autazes estão entre os mais afetados pela situação.

Na região de Careiro, a situação se tornou tão crítica que uma mulher recorreu às redes sociais para relatar que a balsa que tentava atravessar o rio Amazonas não conseguia atracar devido à falta de visibilidade causada pela densa fumaça.

A prefeitura de Manaus observou que grande parte da fumaça é proveniente de áreas fora da cidade e anunciou que o assunto será discutido em colaboração com a Associação de Municípios, com o objetivo de buscar soluções para essa emergência climática que ameaça a saúde pública, a biodiversidade e a estabilidade do ecossistema amazônico.

A situação no Amazonas destaca a importância urgente de abordar as questões ambientais e climáticas, protegendo a maior floresta tropical do mundo e seu ecossistema único. A declaração de "emergência climática" pela Ministra do Meio Ambiente reflete a gravidade do problema e ressalta a necessidade de ações coordenadas e imediatas para conter os incêndios e restaurar a saúde do Amazonas.