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Mais que uma festa tradicional, o Maior Arraial da Amazônia representa geração de emprego e renda

Para costureiras e artistas plásticos que trabalham diretamente com as quadrilhas juninas, essa oportunidade financeira também é símbolo de amor.

Mais que uma festa tradicional, o Maior Arraial da Amazônia representa geração de emprego e renda
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O Boa Vista Junina carrega em sua essência a tradicionalidade da cultura roraimense, sendo uma das festas mais esperadas do ano pela população. Mas além de lazer e diversão, o Maior Arraial da Amazônia representa a oportunidade de profissionais de diversos segmentos garantirem renda extra neste período, movimentando a economia local de maneira significativa.

Para costureiras e artistas plásticos que trabalham diretamente com as quadrilhas juninas, essa oportunidade financeira também é símbolo de amor, respeito e valorização. Afinal, para ficar tudo lindo no tablado é preciso experiência, técnica, criatividade e, principalmente, entrega. São meses de trabalho intenso para garantir que, na hora do tradicional concurso, a performance dos grupos esteja alinhada a exuberantes cenários e roupas.

“É gratificante saber que a gente faz parte da história do Boa Vista Junina”

Quem trabalha com arte sabe que os mínimos detalhes fazem a diferença. O artista plástico Rinaldo Noronha, conhecido como Loro, está produzindo cenários para 3 grupos. Já são mais de 20 anos dedicados ao segmento junino e, a cada edição, novos desafios surgem, fortalecendo sua criatividade e seu compromisso em expressar a essência da cultura junina através de suas obras.

O artista recebe os projetos das quadrilhas e transforma materiais como metal, plástico, tecido e madeira em gigantescos cenários. As obras são utilizadas pelos grupos como itens essenciais para contar a história ao público, dando vida ao tema escolhido e deixando a apresentação com aquele ar lúdico e autêntico.

Segundo ele, é um período de muita dedicação, mas com retorno positivo em vários sentidos. “É um trabalho intenso, que exige muito da gente. Mas também é gratificante saber que fazemos parte da história do Boa Vista Junina e da evolução da festa ao longo dos anos. Financeiramente é muito bom”, explicou.

“Amo assistir meu trabalho no tablado”

Quem também tem muito orgulho de fazer parte dessa trajetória é a costureira Elza Almeida, de 72 anos. Junto aos membros da família, ela confecciona vestidos e roupas juninas há pelo menos 35 anos. Neste arraial, tem trabalhado diariamente para costurar 128 vestidos de dois grupos juninos.

Trabalho árduo que, para ela, é símbolo de orgulho. Conforme Elza, durante todos esses anos, nenhum vestido ou roupa confeccionada por ela rasgou no palco. “Faço tudo com muito cuidado e carinho. Amo assistir meu trabalho no tablado. Fico muito orgulhosa e feliz, principalmente quando eles falam meu nome, agradecendo nossa dedicação”, falou.

Elza contou que criou seus filhos costurando. São mais de 50 anos se dedicando a esse ofício que requer muita criatividade e técnica. Para ela, o Boa Vista Junina chegou para valorizar mais ainda seu trabalho. “É uma época maravilhosa, símbolo de muita felicidade. É bom para a cidade e para vários trabalhadores. Para nós, costureiras, é a melhor época do ano, sem dúvida”, disse.

CONCURSO DE QUADRILHAS – O Boa Vista Junina está marcado para acontecer de 1° a 8 de junho, na Praça Fábio Marques Paracat. O tradicional Concurso de Quadrilhas Juninas será entre os dias 1° e 6, com a participação de 28 grupos. A apuração e resultado das vencedoras será no dia 7. E no dia 8, as classificadas se apresentam, assim como as quadrilhas dos projetos sociais da Prefeitura de Boa Vista.

FONTE/CRÉDITOS: Marcus Miranda
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