O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Entre as doenças que podem afetá-lo estão as hepatites virais. Alertar para a necessidade de prevenção é o objetivo da campanha Julho Amarelo.
A médica hepatologista e professora de gastroenterologia da Universidade de Brasília (UnB), doutora Cintia Mendes Clemente, fala um pouco sobre essas enfermidades.
“A gente conhece as hepatites virais mais comuns, que é hepatite A, hepatite B e hepatite C. São as mais prevalentes. No Norte e Nordeste temos a hepatite delta, que é vinculada è hepatite B, e a hepatite E, que também é uma hepatite menos comum.
A médica também explica quais tipos de hepatite podem ser prevenidos por meio da vacinação.
“Hoje a gente tem as vacinas contra hepatite A e hepatite B, que inclusive fazem parte do calendário vacinal das crianças ao nascerem. Também podem ser dadas as vacinas dos adultos que não tiveram cobertura vacinal ou, que no caso da hepatite B, que a imunidade possa ter caído”
No caso da hepatite C, a prevenção é muito vinculada a riscos de contágio direto com sangue. Não é oficialmente uma doença sexualmente transmissível,
nem considerada uma enfermidade transmissível pelo parto. Antigamente, as contaminações eram ligadas às transfusões de sangue. Por isso sua incidência é mais observada com pessoas com mais de 45 anos de idade.
Hoje em dia ainda correm riscos de contaminação os pacientes renais crônicos, que fazem hemodiálise, por causa da máquina, e pacientes que dependem de muito hemoderivados, como os hemofílicos.
Ainda não foi descoberta uma vacina para a hepatite C. Acredita-se que entre 300 e 500 mil pessoas vivem com a doença. Mas só 50 mil são tratadas, porque as demais sequer sabem que têm hepatite. O tratamento garante 95% de chance de cura e é oferecido pela rede pública.
A campanha Julho Amarelo, do Ministério as Saúde, busca popularizar os testes diagnósticos. Toda a população deve se testar para saber se tem Hepatite C.
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