A Educação Ambiental é a chave para um futuro sustentável e com mais possibilidades para todos. E sabendo disso, por meio do Projeto Crescer, a Prefeitura de Boa Vista tem trabalhado desde 2017 com a oficina de Educação Ambiental e Compostagem, no Horto municipal com jovens de 15 a 21 anos. A garotada aprende sobre ecologia e comercializam o que produzem, fazendo aquela graninha extra.
Na oficina, mais de 30 integrantes têm aulas práticas e teóricas, que ensinam desde matemática até produção de fertilizantes naturais, como a compostagem e a terra preparada. Além dos fertilizantes, os jovens plantam mudinhas de plantas de diversas espécies – e tudo o que é produzido por eles é comercializado no Horto municipal por um preço acessível, a partir de R$ 5.
A oficina vem conquistando clientes fiéis, não só pelo preço, mas principalmente pela qualidade dos produtos. Um exemplo disso é o seu Iran Souza, aposentado, que é cliente do Horto há, pelo menos, três anos.
“Além dos produtos bons e baratos, o trabalho do Horto tem sido muito importante para a cidade de Boa Vista. Inclusive, a maior parte das árvores que nós temos saíram daqui do Horto. Eles têm feito um trabalho constante, ajudando a arborizar a cidade e as casas das pessoas”, declarou Iran.
Quinze por cento do lucro das vendas é da Cooperativa Social do Projeto Crescer e o restante é dividido entre os participantes da oficina, o que proporciona uma renda a mais para estes jovens aprendizes. Além do dinheiro das vendas, o projeto fornece uma bolsa de R$ 230 por mês, vale-alimentação e vale-transporte, democratizando ainda mais o acesso ao programa.
Segundo o professor e coordenador da oficina, Luís Felipe Gonçalves, após conhecerem o projeto, muitos participantes se interessam em trabalhar com a natureza, em áreas como zootecnia e agronomia, tirando proveito econômico da natureza e fomentando o desenvolvimento sustentável.
“Isso é importante porque na compostagem, por exemplo, você diminui o lixo das cidades, criando um produto economicamente viável para quem produz hortaliças. E eles começam a entender que podem ser gestores ambientais, agrônomos e técnicos agrícolas, pois acabam se identificando com isso”, destacou Luís Felipe.
A consciência ambiental que a oficina desperta nos jovens está sendo multiplicada por eles para amigos e familiares, por exemplo, espalhando a “sementinha do bem” da ecologia. Para Eduardo Kayllan, 15, estudante e participante da oficina, os ensinamentos sobre os cuidados com o meio ambiente devem ser repassados para os outros, para que todos preservem a natureza e os espaços comuns.
“Antigamente, antes de entrar no projeto, quando eu via um lixo no chão ignorava, passava direto. Mas, depois que eu entrei na oficina, aprendi bastante coisa. E hoje, quando eu acho lixo no chão eu recolho e jogo fora”, explicou Eduardo.
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