Nesta terça-feira, 21 de novembro de 2023, Israel aprovou um acordo de cessar-fogo com o grupo extremista Hamas, visando encerrar as hostilidades na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, participou de uma série de reuniões com autoridades do governo, culminando na aprovação da resolução pelo Gabinete de Guerra, com uma "maioria significativa", durante uma votação que se estendeu por mais de 6 horas.
A primeira fase do acordo prevê a libertação de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. Cerca de 50 mulheres e crianças israelenses serão libertadas, enquanto Israel concordou em soltar aproximadamente 150 prisioneiros palestinos, a maioria sendo mulheres e menores. Este intercâmbio de prisioneiros ocorrerá ao longo de um cessar-fogo de 4 dias.
Conforme relatado pela CNN, o acordo também estabelece que Israel permitirá a entrada diária de cerca de 300 caminhões de ajuda provenientes do Egito em Gaza. Durante o período de trégua, a entrada de mais combustível no território também será autorizada. Essas medidas visam aliviar as condições humanitárias na região.
Na segunda fase do acordo, o Hamas poderá libertar mais reféns em troca de Israel estender o cessar-fogo. Estima-se que aproximadamente 240 pessoas estejam mantidas como reféns desde o início do conflito, a maioria delas israelenses.
A ONG Addameer trouxe à tona a situação dos prisioneiros palestinos detidos em Israel. Segundo a organização, cerca de 200 homens, a maioria adolescentes, estão atualmente detidos, juntamente com 75 mulheres e 5 adolescentes do sexo feminino. Antes do início da ofensiva do Hamas em outubro, a Addameer afirma que aproximadamente 150 homens e 30 mulheres e meninas estavam nas prisões israelenses. A maioria das detenções recentes ocorreu em operações na Cisjordânia ocupada por Israel, que testemunhou um aumento nos protestos nos últimos dias.
De acordo com o Serviço Prisional de Israel, as detenções são parte de uma operação antiterror contra o Hamas na região. A Addameer relata que o número total de prisioneiros políticos palestinos em Israel chega a 7.000, incluindo israelenses, residentes de Gaza e Cisjordânia. A maioria desses detidos está sob "detenção administrativa", o que significa que são mantidos presos indefinidamente sem acusações formais.
O acordo aprovado nesta terça-feira estabelece que, nas próximas 24 horas, os nomes dos prisioneiros palestinos a serem libertos serão divulgados, permitindo que cidadãos israelenses contestem a libertação por meio judicial. Importante notar que Israel não soltará prisioneiros palestinos condenados por assassinato de israelenses, conforme destacado pelo Axios.
Fonte: poder360.com.br
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