Os instrutores dos polos Senador Hélio Campos, Buritis e Pedra Pintada do Centro de Convivência da Juventude (CCJuv) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) participaram, nesta terça-feira (28), de uma capacitação voltada em primeiros socorros, com foco em parada cardiorrespiratória e técnicas de ressuscitação.
O treinamento, realizado no polo Senador Hélio Campos, abordou os principais riscos e características da parada cardiorrespiratória, condição em que o coração e a respiração cessam, interrompendo o fornecimento de oxigênio para órgãos vitais. Entre os sinais mais comuns estão a perda súbita de consciência, ausência de respiração e de pulso.
Os instrutores foram capacitados na técnica de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), que consiste em compressões torácicas rítmicas no centro do peito. Segundo o enfermeiro Eduardo Lira, responsável pelo treinamento, o procedimento deve ser iniciado nos primeiros minutos após a parada.
“A cada minuto sem atendimento, as chances de sobrevivência diminuem significativamente. As compressões torácicas ajudam a restabelecer funções vitais e a circulação sanguínea”, explicou.
Além da RCP, os participantes aprenderam técnicas complementares, como a lateralização, indicada para pessoas em convulsão. “Quando há muita secreção, posicionamos o paciente de lado para evitar a broncoaspiração. Também ensinamos a desobstrução das vias aéreas por corpo estranho, que é feita com pressão abdominal em formato de ‘J’, para expelir o objeto causador do engasgo”, complementou Eduardo Lira.
O enfermeiro destacou que as ações de primeiros socorros não substituem o serviço especializado. “É fundamental acionar o Samu [192] para garantir atendimento completo. A RCP é essencial, mas isoladamente não substitui o suporte avançado necessário em emergências”, alertou.
Para Adriane Trindade, instrutora de ginástica rítmica no polo Senador Hélio Campos, o treinamento é essencial tanto na sala de aula quanto em situações do cotidiano.
“Nunca sabemos quando alguém pode cair, se machucar ou passar mal. Saber como agir faz toda a diferença, evitando que o problema se agrave. Além de professores, somos pais e mães, e estar preparado para esses momentos é indispensável”, destacou.
A capacitação integra um programa mais amplo, iniciado em 21 de janeiro, que inclui formações sobre saúde mental, conceitos básicos de primeiros socorros, técnicas de desengasgo e protocolos de acolhimento em casos de assédio, além e orientações sobre a Lei Lucas (nº 13.722/20220, que exigem treinamento em primeiros socorros para professores e funcionários de escolas públicas e privadas.
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