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Inclusão e diversidade também são marcas do Maior Arraial da Amazônia

Crianças, idosos, pessoas com deficiência e TEA se preparam para brilhar no tablado.

Inclusão e diversidade também são marcas do Maior Arraial da Amazônia
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O Boa Vista Junina 2023 se aproxima, e, como ocorre todos os anos, a prefeitura faz questão de garantir que o respeito e a inclusão estejam presentes em todas as etapas da festa. Por isso, crianças, idosos, pessoas com deficiência física e transtorno do espectro autista (TEA) se preparam para brilhar no tablado do Maior Arraial da Amazônia.

Andreia Patrícia, mãe do adolescente autista Raimundo Pereira, de 15 anos, que está ansioso para subir ao tablado pelo segundo ano consecutivo, conta que a animação é tanta que ele anota no caderninho os dias para o evento. Nos ensaios da quadrilha Zé Monteirão, que ocorrem diariamente, Raimundo mostra toda a sua empolgação e desenvoltura.

Raimundo é muito dedicado à quadrilha e quando é dia de ensaio ele se solta, brinca, se diverte e conversa com todo mundo. A emoção bate no coração dele, e quando chega a hora de entrar no tablado, ele começa a rezar e a agradecer”, relatou Andreia.

O arraial também é muito aguardado por Maurício Monteiro, de 20 anos, que mesmo tendo deficiência auditiva, não perde um ensaio para fazer bonito no tablado. O irmão dele, Matheus, relata que fazer parte da quadrilha junina representa um suporte emocional para Maurício, que neste ano será a segunda vez que subirá ao tablado, representando a quadrilha Zé Monteirão.

Através da vibração da quadrilha, o Matheus conseguiu se desenvolver e pegar o ritmo dos ensaios. Quando chega a véspera do arraial, ele fica mais feliz, esquece dos problemas e consegue se distrair um pouco do estresse do dia a dia. Tudo isso porque lá ele consegue se abrir e se expressar”, contou Matheus.

Para o coordenador do concurso de quadrilhas do Boa Vista Junina, Chiquinho Santos, promover a diversidade na festa é fundamental. “Quando falamos em manifestações culturais, temos que pensar além das dimensões identitárias, cidadãs, políticas e econômicas. Temos que lembrar de outras questões, como o afeto e a empatia, que são fundamentais para promover a inclusão”, ressaltou.

Caroline Stephane é outro exemplo de superação. Ela é apaixonada pelo arraial e dança na quadrilha Garranxê há oito anos. Mas, no final de 2016, sofreu um grave acidente que a impossibilitou de andar durante um período. Hoje, ela ainda tem algumas sequelas, mas a paixão pelo arraial não a deixou que se afastasse do tablado.

Eu já fui rainha caipira e noiva duas vezes. E quando eu me acidentei, fiquei com várias escoriações e perdi a sensibilidade da perna. Na época, eu perguntei ao médico se eu um dia voltaria a dançar e ele me disse que não. Mas hoje eu voltei a dançar. E, apesar das dores, é uma coisa que eu gosto muito de fazer”, relatou a quadrilheira.

BOA VISTA JUNINA

O Maior Arraial da Amazônia foi criado em 2001 e neste ano festeja a 23ª edição, com 28 grupos juninos que se apresentarão na Praça Fábio Marques Paracat, entre os dias 20 e 25 de junho.

A população boa-vistense poderá celebrar 29 artistas da terra e a atração nacional “Os Barões da Pisadinha”. Além disso, a programação inclui um cronograma cheio de novidades e surpresas, e é claro, a Maior Paçoca do Mundo, patrimônio cultural com muito orgulho.

FONTE/CRÉDITOS: Secretaria Municipal de Comunicação
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