Neste domingo, 13, a única unidade de saúde infantil de média e alta complexidade de Roraima, o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), completou 23 anos de assistência prestada às crianças de todos os municípios do estado e, inclusive, de países vizinhos e do Amazonas.

Pacientes com idade a partir dos 29 dias de vida até 12 anos compõem o público-alvo atendido na unidade de saúde. Nos primeiros sete meses deste ano, o hospital infantil registrou um total de 113.847 atendimentos, entre emergência, ambulatório e internações. De acordo com o prefeito Arthur Henrique, a gestão municipal cuida das pessoas e prioriza a vida.

“Cuidar das pessoas com responsabilidade, planejamento e transparência é um compromisso da Prefeitura de Boa Vista. Mesmo diante desta alta demanda, temos investido na ampliação da unidade. Contratamos 107 novos profissionais de diversas especialidades, adquirimos equipamentos de ponta e seguimos melhorando a qualidade dos serviços oferecidos. Tudo para garantir às nossas crianças atendimentos de qualidade”, disse.

Aumento populacional, demanda crescente

Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam um aumento populacional expressivo em Boa Vista, nos últimos anos. Em um panorama do cenário atual e anterior, a capital possui 413.486 habitantes, enquanto que em 2010, a cidade tinha 284.313 pessoas.

Já Roraima registrou uma população de 636.303 habitantes neste último Censo publicado pelo Instituto Brasileiro. Em 2010, o estado tinha 450.479 pessoas morando em território roraimense. Mesmo com um quantitativo maior de moradores, o Hospital da Criança segue como a única unidade de referência em atendimento ao público infantil em um raio de 800 quilômetros.

Além de atender crianças dos 15 municípios do estado, imigrantes e as comunidades indígenas, o HCSA ainda recebe pacientes de hospitais particulares de Boa Vista. A secretária municipal de saúde, Regiane Matos, afirma que a realidade do Hospital da Criança é complexa.

“Nos últimos anos, nossa realidade mudou muito, com aumento da demanda devido a imigração venezuelana e a crise sanitária Yanomami. Mas temos trabalhado para continuar oferecendo uma saúde de qualidade para nossas crianças, ampliando nossas estruturas e o acesso aos serviços, investindo nos servidores, contratando profissionais e, com o apoio do Ministério da Saúde, fortalecendo o SUS”, disse.