O Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima (Hemoraima) deu início neste mês à implantação do Sistema Intercept, uma ferramenta que realiza a inativação viral de patógenos em componentes sanguíneos, o que impede a infecção de doenças na transfusão de sangue.
O Sistema Intercept é inicialmente usado em bolsas de plasma e plaquetas antes da transfusão. A novidade é mais uma das metas de inovações propostas pela Secretaria de Saúde (Sesau).
Segundo a diretora do Hemoraima, Patrícia Veríssimo, a adoção do Intercept vai proporcionar maior segurança para os pacientes que recebem os hemocomponentes pela unidade.
“As bolsas de sangue são colocadas dentro de um iluminador e serão expostas a um raio UVA [ultravioleta] que vai inativar esses patógenos, germes, vírus, bactérias contra a febre amarela, malária, por exemplo”, informou.
Ela ressalta ainda que a vida útil das plaquetas passará de 5 para 7 dias, diminuindo o expurgo por validade e principalmente mantendo o estoque de plaquetas sempre disponível.
A tecnologia da máquina que gerencia o Sistema Intercept é considerada a mais moderna da unidade. Ela também coloca Roraima entre os cinco estados do País que fazem o uso da novidade.
Para que as equipes do Hemoraima tenham uma melhor compreensão do funcionamento do sistema, o Grupo Comércio Exportação e Importação de Materiais Médicos (CEI), está realizando uma série de treinamentos. Os trabalhos estão sendo gerenciados pela assessora científica da entidade, Luciana Alfredo.
“Trouxemos essa tecnologia para Roraima, onde implantaremos, junto com a equipe do Hemoraima, o processamento de bolsas inativadas. Com isso, teremos componentes totalmente livres de patógenos, sem riscos de transmissão e contaminação”, disse Luciana.
Bioquímica do setor de processamento do Hemoraima, Simone Alcoforado é uma das servidoras capacitadas. Ela terá como missão multiplicar o treinamento para os demais profissionais da unidade.
“É de grande importância para Roraima termos um hemocomponente de qualidade, de patógenos inativados. Fazemos todo o processo que estamos acostumados, mas usando agora o iluminador”, explicou a bioquímica.
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