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Famílias roraimenses terminaram o ano de 2022 endividadas

As famílias endividadas com carnês, atingiu o percentual de 48,3%

Famílias roraimenses terminaram o ano de 2022 endividadas
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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) anual. Na série histórica, iniciada em 2011, o ano bateu recorde no Brasil: 77,9% das famílias estavam endividadas em 2022, uma alta de 7 pontos percentuais em relação a 2021 e de 14,3 comparando com 2019, antes da pandemia de covid-19.

O perfil da pessoa endividada que desponta a partir da Peic é de uma mulher, com menos de 35 anos e ensino médio incompleto, moradora das regiões Sul ou Sudeste, cuja família recebe até 10 salários mínimos. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, explica que a pandemia reverteu a tendência de queda no endividamento que era registrada até 2019, especialmente entre os mais pobres. “Os efeitos perversos da pandemia, com o fechamento de negócios e o aumento do número de desempregados, e no pós-pandemia com o avanço da inflação, fez com que as famílias com rendas mais baixas precisassem recorrer ao crédito para manutenção do consumo de primeira necessidade. Enquanto entre as famílias de maior renda a retomada do consumo reprimido levou a maior contratação de dívidas. Esses fatores, geraram o aumento no número de endividados em 2022 no País”, afirma Tadros.

Em Roraima, o ano de 2022 encerrou com 83,6% das famílias roraimenses endividadas. Ainda de acordo com o levantamento feito pela CNC, o percentual se manteve estável na comparação com o mês de novembro, completando uma sequência de 20 meses seguidos de endividamento superior aos 80%. Segundo o assessor econômico da Fecomércio/RR, Fábio Martinez, “tanto o número de inadimplentes, quanto de famílias sem condições de pagar suas dívidas, aumentaram em dezembro passado, chegando respectivamente a 34,7% e 7,3%”.

Novamente, as dívidas com cartão de crédito foram o principal tipo de dívida entre as famílias roraimenses, mas apresentou uma queda na comparação com o mesmo período do ano passado. “Outro tipo de dívida que também caiu consideravelmente foi o referente a financiamento de casa, saindo de 11,0% em dezembro de 2021 para 7,3% em dezembro, essa redução se deve, principalmente, por conta do aumento das taxas de juros. Por outro lado, continua aumentando o número de famílias endividadas com carnês, atingindo o percentual de 48,3%”, finalizou o economista Fábio Martinez.

 
 
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