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Empresa familiar indígena produz café especial 100% arábica e se destaca no mercado roraimense

Em Roraima, a produção de café arábica é realizada através de cultivo orgânico em sistema agroflorestal e conhecimentos da agricultura familiar.

Empresa familiar indígena produz café especial 100% arábica e se destaca no mercado roraimense
Foto: Karynna Macuxi (Comunidade Indígena Kauwê)
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A cafeicultura em Roraima tem se destacado cada vez mais e com o apoio do Governo de Roraima por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPERR) e Sebrae, o projeto Café Imeru do Programa Inova Amazônia, é o exemplo de um café especial 100% arábica. O produto é  feito na Comunidade Indígena do Kauwê, terra Indígena Raposa Serra do Sol.

 

Em Roraima, a produção de café arábica é realizada através de cultivo orgânico em sistema agroflorestal e utiliza conhecimentos da agricultura familiar e indígena. Ou seja, sua cadeia produtiva é sustentável e artesanal, contribuindo para a preservação da cultura local e da flora e solo existentes. O café 100% arábica é um café de altitude, cultivado em terrenos específicos e clima ameno. Isso garante a riqueza de sabor, acidez e aroma, além das notas frutadas, florais ou picantes.

 

De acordo com a empresa Imeru, os principais diferenciais residem na singularidade e valor agregado do(s) produto(s), além do impacto sociocultural e ambiental envolvido na cadeia produtiva. Com seu teor único que influenciam no sabor final da bebida, o Café Imeru possui certificação de origem e de produção orgânica por OCS (organismo de controle social).

 

Segundo o Diretor Financeiro Administrativo da FAPERR, José Beethoven, Roraima tem uma propensão para aumentar o cultivo do café, pois já existem cultivados na Amazônia uma variedade de grãos desenvolvidos pela Embrapa. As regiões serranas do estado também são pontos de cultivo em potencial para o  café arábica.

 

“As comunidades indígenas, como a Kauwê, são produtoras de café arábica de excelente qualidade, já submetidas à análise. Então, a FAPERR como uma agência de desenvolvimento aposta na perspectiva de que, em breve, nós possamos ter produções comerciais sustentáveis de excelente qualidade, e estamos estimulando o setor por meio de diversos mecanismos”, destacou o diretor.

 

Indicadores da Indústria

 

Os números da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), revelam que o consumo da bebida no Brasil entre novembro de 2022 e outubro de 2023 registrou um aumento de 1,64% em relação ao período anterior, considerando dados de novembro de 2021 a outubro de 2022. Este volume representa 39,4% da safra de 2023, que foi de 55,07 milhões de sacas, segundo a Conab, mantendo o Brasil como o maior consumidor dos cafés nacionais. 

 

Sobre o consumo regional, a região Sudeste responde por 41,8% do total nacional, enquanto a região Nordeste por 26,9%, a região Sul por 14,7%, a região Norte por 8,6% e a Centro-Oeste por 8,0%.

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