A Diocese de Roraima celebra nesta terça-feira (25) o segundo aniversário da posse canônica de Dom Evaristo Pascoal Spengler, nomeado pelo Papa Francisco em 25 de janeiro de 2023 para liderar a evangelização no estado. Desde sua chegada, o bispo destacou o compromisso com povos indígenas, migrantes e populações em situação de vulnerabilidade, marca de seu trabalho pastoral.

Nos últimos dois anos, Dom Evaristo implementou uma gestão colegiada, nomeando uma coordenação sinodal para fortalecer a comunhão na diocese. Entre as iniciativas estão:

• Criação do Conselho Econômico e de comissões especializadas (Projetos, Veículos para comunidades remotas e Terrenos);

• Fundação de novas pastorais, como a Pastoral de Visitas aos Enfermos e a Pastoral de Pessoas em Situação de Rua;

• Revitalização da Pastoral Carcerária e de outras pastorais que estavam inativas, e tantas outras iniciativas.

Além disso, o bispo é referencial da Comissão Catequética do Regional Norte 1 da CNBB. Sua atuação ganha destaque em 2025, quando a diocese celebra o Jubileu de 300 anos da Evangelização em Roraima, coincidindo com o Ano Jubilar da Esperança da Igreja. Dom Evaristo tem realizado visitas pastorais em paróquias, áreas missionárias e municípios, reafirmando o compromisso assumido em sua posse.

"Ele é transparente e inclui o povo de Deus. Sem o povo, nada existe para ele. Ama a Amazônia, os ribeirinhos, os indígenas, os migrantes e os mais pobres, além de promover a inclusão das mulheres na Igreja", destacou a Irmã Sofia Quintans.

Trajetória: da formação à liderança na Amazônia

Nascido em 29 de março de 1959, Dom Evaristo ingressou no Seminário Santo Antônio (Agudos-SP) aos 15 anos. Formou-se em Filosofia e Teologia pelo Instituto Franciscano de Petrópolis (RJ) e especializou-se em Bíblia no Studium Biblicum Franciscanum (Jerusalém).

Frei franciscano desde 1982, foi ordenado presbítero em 1984 e atuou em paróquias do Rio de Janeiro antes de servir em Angola (2001–2010), onde presidiu a Fundação Imaculada Mãe de Deus. De volta ao Brasil, ocupou cargos de liderança na Ordem Franciscana até ser nomeado bispo-prelado de Marajó (PA) em 2016.

Atualmente, além de guiar a diocese roraimense, preside a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) e a Comissão da CNBB para o Enfrentamento ao Tráfico Humano, sendo também membro da Comissão Episcopal para a Amazônia.