Com a proximidade do Dia Mundial do Combate a AIDS, que acontece no dia 1° de dezembro, uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontou que 64% da população não usa preservativos na relação sexual e 33% dos brasileiros já mantiveram relação sem camisinha fora do relacionamento.
Além disso, o estudo também apontou que aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo de 2019, correspondendo a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais.
Segundo Luciana Persoli, Diretora de Marketing da DKT South America, um dos motivos levantados nessa avaliação para justificar a queda é a de que os jovens vêm se preocupando menos com a possibilidade de contrair uma IST e mais com as chances de uma gravidez indesejada. “Atualmente, existem muitos tipos de anticoncepcionais capazes de fornecer um planejamento familiar, mas uma gestação não é a única consequência que se pode adquirir depois de uma relação sexual. Nesses casos, o preservativo é o único método capaz de evitar a transmissão de um vírus e/ou doença”, explica.
A DKT South America é conhecida mundialmente pela sua missão de proporcionar um planejamento familiar a diversas famílias espalhadas pela América do Sul, além de promover a conscientização sobre os cuidados e prevenção para o HIV/AIDS.
Zoila Medina, médica ginecologista pelo Centro de Referência em Saúde da Mulher e Conselheira Fiscal da AMCR (Associação, Mulher, Ciência e Reprodução Humana no Brasil) afirma que nos dias de hoje a AIDS continua sendo um problema de saúde global, com avanços importantes na prevenção, tratamento e diminuição da mortalidade. “A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é transmitida principalmente pela via sexual, relações sexuais desprotegidas, por isso é importante lembrar do uso de preservativo, em todas as formas de relações”.
Além disso, ela complementa dizendo que hoje em dia o diagnostico precoce e o tratamento efetivo tem avançado, assim como na conscientização e redução do estigma associado à doença. “Mas mesmo assim temos muitos desafios no acesso universal aos serviços de saúde, a prevenção e o diagnóstico precoce”.
Por fim, a médica ressalta medidas e comportamentos que possam prevenir a transmissão do vírus:
1. Uso correto de preservativos em todas as relações sexuais vaginal, oral ou anal;
2. Existem 2 estratégias conhecidas como PrEP e PEP, a primeira é o uso de medicamentos antirretrovirais em pessoas soronegativas que se expõem a situações de risco. A segunda é uma medida de emergência na qual se faz o uso de medicamentos antirretrovirais após exposição;
3. Testagem regular;
4. Redução de parceiros sexuais ou contatos de risco;
5. Acesso aos serviços médicos de forma precoce durante a gravidez parto e puerpério;
6. Conscientização, redução do estigma e acesso à saúde;
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