Após a emocionante celebração durante a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Deolinda Melchior da Silva, a primeira indígena a ser instituída catequista no Brasil, retorna a Roraima, sua terra natal, com um coração cheio de gratidão e um espírito renovado para sua missão.

Ao desembarcar em Roraima, Deolinda trouxe consigo não apenas a bênção do ministério de catequista, mas também a riqueza das experiências vividas durante a cerimônia ao lado dos bispos e dos outros 18 catequistas de diferentes regiões do Brasil. Deolinda diz que este é um momento único em sua vida: "É difícil encontrar palavras para descrever a emoção que senti ao receber o ministério de catequista das mãos dos bispos e ao compartilhar esse momento com meus irmãos e irmãs catequistas de todo o país", disse Deolinda, com a voz carregada de emoção. "Foi um momento de grande alegria e também de profundo compromisso com a missão que recebi."

Deolinda destacou a importância do reconhecimento da diversidade cultural e religiosa do Brasil dentro da Igreja, e como esse momento representa um passo significativo na valorização das contribuições dos povos indígenas para a evangelização: "É fundamental que a Igreja reconheça e celebre a diversidade de rostos e culturas que compõem nossa fé", afirmou Deolinda. "Me sinto honrada em poder representar meu povo e todos os povos indígenas do Brasil nesse ministério tão importante."

Ao falar sobre seus planos para o futuro, Deolinda reafirmou seu compromisso de continuar a servir sua comunidade e fortalecer a fé entre os catequistas indígenas de sua região. Ela expressou sua gratidão pela oportunidade de participar da Assembleia da CNBB e pela confiança depositada nela pelos bispos e pela comunidade católica.

"Estou muito feliz por ter recebido essa missão e estou determinada a cumpri-la da melhor maneira possível", concluiu Deolinda, com um sorriso radiante. "Que possamos todos continuar a caminhar juntos, fortalecendo nossa fé e compartilhando o amor de Deus com o mundo."

E o momento mais aguardado pela comunidade onde mora Deolinda, ocorreu na terça feira 16, com a chegada da imagem de Nossa Senhora de Aparecida desde o Santuário de Aparecida em São Paulo até a terra indígena Raposa Serra do Sol, região das Serras-Comunidade Indígena Maturuca, Município Uiramutá. Com cânticos Dona Deolinda, foi acolhida pelo Taxaua Djacir e o povo indígena da etnia Macuxi.

  
A imagem foi recebida pelas crianças indígenas da missão Maturuca e com alegría e fe, caminharam até a Igreja Sagrado Coração de Jesus. Deolinda reforçou o compromisso e convidou ao povo da comunidade a seguir na fe, o Padre Luiz Carlos Emer ressaltou a importância desta benção de nossa padroeira.

Uma benção para a igreja e para toda a comunidade, guiados pela fe e pelo amor.