Um novo estudo realizado em seis estados e 17 municípios da Amazônia, incluindo Roraima e boa vista, revela que os peixes da região estão contaminados por mercúrio. Roraima registrou o pior índice de contaminação, com 40% dos peixes com mercúrio acima do recomendado.
40% dos peixes analisados possuem índices do metal pesado altamente tóxico superior ao limite recomendado pelas regras sanitárias e de saúde.
A pesquisa foi feita por pesquisadores da escola nacional de saúde pública Sérgio Arouca da fundação Oswaldo cruz (Ensp/Fiocruz), da universidade federal do oeste do Pará (Ufopa), Greenpeace, Iepé, Instituto Socioambiental e wwf-Brasil.
No estudo foram incluídos dados do acre, amapá, amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Para chegar ao dado, a pesquisa avaliou peixes vendidos em estabelecimentos comerciais em cidades nos estados e, depois, foi produzida uma média.
No amazonas, há cidades em que esse índice sobe para 50% (Santa Isabel do Rio Negro e São Miguel da Cachoeira). No entanto, na média, somando todos os municípios estudados, o volume geral é menor que Roraima.
De acordo com o estudo dos pesquisados essa alta tem relação com o avanço de garimpos de ouro. Foram coletadas amostras de 80 espécies de peixes em todas as capitais destes estados e de outros 11 municípios do interior.
No estado, a pesquisa se concentrou em peixes que seriam vendidos para a população na capital Boa Vista. Pesquisadores coletaram 75 peixes de 27 espécies direto de pescadores em quatro rios: Uraricoera, Mucajaí, Branco e Baixo Rio Branco. Entre as espécies analisadas com maior contaminação estão o Coroataí, Barba chata, Piracatinga, filhote e peixe cachorro.
A presença do mercúrio no organismo humano pode causar problemas de saúde que afetam o sistema nervoso, sendo mais grave o consumo por grávidas, por sua interferência na saúde do bebê, e para crianças.
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