A Plataforma Jornada Amazônia vai estar presente na ExpoAmazônia Bio&TIC 2023, maior evento de tecnologia, negócios e bioeconomia da Região Norte, que acontece entre os dias 28 e 30 de novembro, em Manaus (AM). A Plataforma Jornada Amazônia é um projeto que busca criar e fortalecer um pipeline de startups inovadoras para impulsionar o ecossistema empreendedor, qualificar conexões com o mercado, e fortalecer o ecossistema de inovação e impacto na região amazônica. O projeto estará presente nos estandes 39 e 40 da feira, junto ao Fundo Vale, e também levará ao evento oito startups apoiadas pelo Sinergia, um dos programas da Jornada.
O tema da ExpoAmazônia Bio&TIC 2023 será Tecnologia Sustentável da Amazônia Para o Mundo. Marcos Da-Ré, diretor do Centro de Economia Verde da Fundação CERTI - realizadora e coordenadora da Plataforma ao lado do Instituto CERTI Amazônia -, também vai participar de um painel, no dia 30, com o tema Bioeconomia Sustentável na Amazônia.
"Para a Jornada Amazônia, eventos como a ExpoAmazônia Bio&TIC são oportunidades de troca de ideias e de experiências com outros protagonistas do ecossistema de inovação amazônico, do qual Manaus é um dos pólos", comenta Da-Ré. "Estaremos presentes apresentando os programas da Jornada junto a empresas e empreendedores já apoiados pela Plataforma, que são, eles mesmos, grandes exemplos do potencial da bioeconomia e da inovação na região."
Conheça, abaixo, as oito startups apoiadas pela Plataforma Jornada Amazônia que estarão presentes na ExpoAmazônia Bio&TIC 2023. Com soluções inovadoras para a bioeconomia, do transporte fluvial à valorização dos produtos da biodiversidade, todas já passaram, ou estão na turma atual, do Sinergia, programa que busca promover conexões e fortalecer negócios inovadores já existentes para gerar ainda mais impacto positivo para a floresta amazônica e as comunidades envolvidas. A Plataforma Jornada Amazônia tem coparticipação e investimentos de Bradesco, Fundo Vale, Itaú Unibanco, Santander, Clua e Porticus.
Barco Voador quer encurtar distâncias nos rios amazônicos
A região amazônica enfrenta diversos desafios relacionados ao transporte, o que torna a questão logística um grande obstáculo. É por isso que a AeroRiver, fundada em Manaus (AM), está desenvolvendo o Volitan, um veículo de efeito solo projetado especificamente para operar na Amazônia, respeitando as características e particularidades da região. O Volitan terá capacidade para transportar dez passageiros ou uma tonelada de carga, com velocidade de cruzeiro de 150 Km/h e potencial de alcance de 450 km. Operando a uma altura de 2 a 5 metros acima do nível da água, o veículo se destaca por sua eficiência, sendo aproximadamente 40% mais eficiente que os aviões do segmento.
Bioverse usa inteligência artificial para tornar produção mais eficiente
Empresa de tecnologia da informação fundada em São Paulo (SP), a Bioverse procura aumentar a eficiência da produção por meio de sensoriamento remoto e inteligência artificial. Dados preditivos sobre a abundância de frutas e castanhas da floresta são necessários para equipar as empresas amazônicas com procedimentos de colheita aprimorados, que possam atender à crescente demanda global por superalimentos, ao mesmo tempo em que protegem a biodiversidade. A Bioverse permite que empresas e cooperativas comunitárias da Amazônia aumentem suas eficiências de coleta, expandam áreas de operação, otimizem a logística e envolvam compradores em cadeias de produção favoráveis à floresta.
Solalis inova no desenvolvimento de barcos elétricos para os rios amazônicos e de postos de carregamento de eletricidade
Os já citados desafios ligados à mobilidade na Amazônia incluem a falta de energia elétrica de qualidade: atualmente, 99% das embarcações utilizadas na região são à combustão, e possuem um alto custo operacional e de manutenção, inclusive causando acidentes que poluem o meio ambiente. A Solalis procura resolver esse problema com o desenvolvimento de barcos elétricos inovadores e postos de carregamento que levam eletricidade às vias navegáveis e fortalecem as economias ribeirinhas. Os barcos desenvolvidos pela Solalis são equipados com motor elétrico, baterias modulares e painéis fotovoltaicos. Além disso, a startup converte barcos convencionais em elétricos, e também constrói eletropostos de carregamento.
Apoena pretende abastecer o mercado com insumos da biodiversidade amazônica
Localizada em Tefé, no coração do Amazonas, a Apoena atua na agroindústria, gerando receita principalmente por meio da farinha de mandioca, mas trabalhando também com óleos vegetais, chocolates, e outros derivados da mandioca e de frutas amazônicas. Atualmente em estágio de tração, a empresa procura resolver a questão da escassez de insumos da biodiversidade amazônica com as garantias de entrega, regularidade e volume exigidos pelo mercado. O diferencial da Apoena está no contato direto com as comunidades locais, na sua produção própria, e na sua expertise em logística.
ParaOil extrai manteigas e óleos 100% puros de sementes nativas
Fundada em 2019 em Acará (PA), a ParaOil se especializa na extração de óleos e manteigas naturais do ecossistema amazônico, fornecendo produtos para os ramos de cosméticos e de alimentos. A empresa utiliza sementes locais para obtenção de manteigas e óleos vegetais 100% puros e extra virgens; fazendo parcerias com comunidades locais e incentivando a implantação de sistemas agroflorestais em áreas degradadas, o que garante o fornecimento de matérias-primas de alta qualidade e origem controlada, além de gerar renda para o pequeno agricultor.
Amazônia Smart Food produz alimentos a partir de proteínas vegetais
A Amazônia Smart Food é uma startup de Manaus (AM) que produz alimentos funcionais a partir de proteínas vegetais feitas de produtos amazônicos de alto valor nutricional, que se apresentam como alternativa a alimentos veganos ricos em aditivos artificiais e com origem transgênica. Além disso, a empresa só utiliza produtos originários de cadeias de valor sustentáveis, em relações justas com os produtores. As proteínas 100% veganas desenvolvidas pela startup são vendidas na forma de hambúrgueres, almôndegas e linguiças sem glúten, sem transgênicos e sem aditivos artificiais.
Radix gera títulos verdes para unir crescimento econômico e conservação da floresta
Cadeias sustentáveis de produção de madeira na Amazônia ainda são minoria, e carecem de instrumentos de investimento que mitiguem o conflito entre a conservação da floresta e o crescimento econômico. Fundada em 2015 em Iracema (RR), a greentech Radix Investimentos busca solucionar esse desafio, ofertando títulos de investimentos de florestas produtivas plantadas em áreas degradadas da região amazônica. Os títulos verdes gerados pela empresa são ofertados via crowdfunding de investimento para promover o desenvolvimento socioambiental na Amazônia, aliado ao retorno financeiro para os investidores e à produção de madeira de origem rastreável e sustentável.
Urucuna leva os aromas da floresta até o consumidor
Fundada em São Paulo (SP), a Urucuna é um negócio de impacto que valoriza a sociobiodiversidade e respeita o conhecimento tradicional: a empresa produz aromas de ambiente saudáveis para a vida humana e para o próprio meio ambiente, trabalhando a cadeia de valor do artesanato e dos bioativos amazônicos em parceria com povos indígenas e cooperativas de manejo sustentável. A Urucuna procura fazer frente a dois desafios: a preservação dos povos nativos e a conscientização dos consumidores em relação ao impacto de suas escolhas no meio ambiente e na própria saúde.
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