O Ministério da Defesa (MD), por meio das Forças Armadas, apoiará o Ministério da Saúde (MS) na 2º fase da Operação Gota 2023, entre os dias 11 e 30 de maio, no Amazonas (AM). Para esta nova etapa, no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Médio Rio Solimões e Afluentes (MRSA), a previsão é de que sejam imunizados cerca de 6 mil indígenas dos municípios de Envira, Eirunepé, Ipixuna, Itamarati e Jutaí, em 62 aldeias.
O suporte logístico dos militares é fundamental para que as ações do Governo Federal consigam alcançar as populações em regiões mais remotas e de acesso difícil do país.
A coordenadora do DSEI MRSA, Vanessa Padilha, falou sobre a relevância da atuação conjunta com a Defesa.
“A parceria entre o Ministério da Defesa e o Ministério da Saúde tem sido essencial para que nós possamos levar saúde em forma de imunização até os indivíduos que moram em locais de mais difícil acesso do Médio Solimões. A região tem uma extensão territorial muito grande e ela se divide em duas calhas, para que nós possamos atender. E esse apoio do Ministério da Defesa é importantíssimo, uma vez que, para chegar até essas localidades, nós precisamos de transporte aéreo, que nós não temos. Essa parceria tem sido fundamental para que possamos levar uma melhor qualidade no atendimento para essa população”, ressaltou.
A fase atual conta com o suporte de duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) - um helicóptero H-60L Black Hawk e um avião C-105 Amazonas - para o transporte diário de 14 profissionais do MS e materiais. Durante 19 dias, a Saúde irá ofertar 20 tipos de imunobiológicos, que incluem vacinas de combate à Covid-19, à Influenza e antirrábicas, entre outras do Calendário Nacional de Vacinação. O público-alvo são crianças, adolescentes, gestantes e idosos. Também serão promovidos atendimentos em saúde física e psicológica.
Durante a primeira etapa da operação, no mês de abril, a Defesa transportou servidores e insumos do MS para imunização de cerca de 8 mil indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira - Distrito Sanitário Especial Indígena de Alto Rio Negro (AM) - em 111 aldeias. Ainda este ano, estão previstas mais oito novas missões, também em outros estados. O esforço aéreo total planejado para o apoio é de cerca de 600 horas.
Apoio Logístico (Aeronaves da FAB)
Para o apoio a todas as fases da operação, a Força Aérea deve voar cerca de 600 horas. Entre as aeronaves empregadas até o momento, o H-60 Black Hawk é um helicóptero militar multimissão de médio porte, usado em larga escala para infiltração e exfiltração de tropas e para missões de resgate e busca e salvamento. Já o C-105 Amazonas é uma aeronave de transporte de médio porte capaz de realizar missões de transporte tático e logístico, lançamento de paraquedistas, cargas e evacuação médica. Devido à versatilidade do avião, também é possível realizar missões de busca e salvamento e oferecer apoio aos pelotões de fronteira do Exército na Região Amazônica.
Operação Gota
As campanhas de vacinação da Operação Gota começaram em 1989, no Estado do Amazonas, após a notificação de surtos de sarampo em populações indígenas da região do Rio Juruá (AC e AM). Desde aquele ano, a ação garantiu a imunização de milhares de pessoas, prevenindo surtos e epidemias, e, consequentemente, evitando o ressurgimento de doenças graves, como a poliomielite e o sarampo. O Acordo de Cooperação Técnica 01/2015, de 3 de julho de 2015, celebrado entre o MS e o MD, garante à Saúde o apoio logístico necessário às ações de saúde do governo federal em prol das comunidades indígenas de difícil acesso e das populações ribeirinhas e quilombolas, em todo o território nacional.
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