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Brasil: trabalho infantil cresce 25% entre crianças mais novas

Aumento é maior entre crianças negras, mais novas e da região Norte

Brasil: trabalho infantil cresce 25% entre crianças mais novas
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Uma pesquisa do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil aponta que o Brasil registra números crescentes desta forma de atividade, em especial entre as crianças mais novas. 

De acordo com o estudo, o trabalho infantil entre as crianças de 5 a 9 anos cresceu de 106 mil em 2016 para 132 mil em 2022, e é mais frequente entre pessoas negras. A análise foi lançada nesta quarta-feira (12), Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, e tem como base dados do IBGE.

O levantamento mostra ainda que a região Norte conta com a maior proporção de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, 7,4%. O Pará lidera o ranking da região, com mais de 191 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos nesta situação.

Katerina Volcov, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, ressalta a gravidade desta forma de trabalho.

“É uma grave violência e violação de direitos da infância e da adolescência. O trabalho infantil acarreta prejuízos físicos, emocionais, psíquicos, na infância dessas crianças, nas adolescências brasileiras”.

A pesquisa também revela que a proporção de crianças e adolescentes em trabalho infantil é três vezes maior em áreas rurais que em urbanas. Entre as atividades exercidas estão agricultura, criação de gado, afazeres domésticos e cuidados. Katerina Volcov destaca algumas das piores formas de trabalho infantil.

“São mais de noventa, mas a gente pode pensar no trabalho infantil doméstico, que é imensamente naturalizado nas casas brasileiras. A gente tem o trabalho infantil nos lixões, o trabalho infantil nas ruas”.

Além disso, a secretária-executiva ressalta que muitos desses trabalhos colocam as crianças em risco de vida.

“A gente tem casos de mortes de crianças e adolescentes por conta do manuseio de objetos pontiagudos, cortantes, perfurantes. A gente tem o problema do manuseio de agrotóxicos”.

Ainda segundo a análise, tanto em termos absolutos quanto relativos, os meninos estão mais expostos as piores formas de trabalho. Para Katerina, é essencial sensibilizar a população para que denuncie o trabalho infantil.

FONTE/CRÉDITOS: Por Carolina Pessoa - Rio de Janeiro-agencia brasil
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