Mais de 154 mil focos de calor foram registrados neste ano no Brasil. O dado é do Programa Queimadas, do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Entre os focos registrados no domingo (1) e nesta segunda-feira (2), a Amazônia concentrou o maior número de frentes de fogo, com 42%, segundo imagens geradas por satélite.
Pela extensão de seu território, a Amazônia é o bioma mais atingido. Entre os municípios, o mais afetado é Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde foram detectados mais de 4 mil focos de incêndio. Em segundo lugar está Apuí, no Amazonas, com mais de 3 mil registros até o dia 27 de agosto.
De acordo com o Lassa, o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mais de 5,5 milhões de hectares da Amazônia, e mais de 2 milhões de hectares no Pantanal, já foram consumidos pelo fogo até esse domingo.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima informou que, atualmente, quase 1.500 brigadistas do Ibama e do ICMBio atuam contra o fogo na Amazônia.
No Pantanal, esses órgãos atuam com quase 400 profissionais. Também ajudam no combate aos incêndios, 300 militares das Forças Armadas, 80 da Força Nacional de Segurança Pública e 10 agentes da Polícia Federal. Dezoito aeronaves e 50 embarcações do governo federal também fazem parte das ações.
Na última terça-feira (27), o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou prazo de 15 dias para que o governo federal reforce o número de pessoas e de equipamentos no combate ao fogo no Pantanal e na Amazônia.
No dia 10 de setembro, o cumprimento da medida será avaliado em audiência de conciliação, que tratará de ações de descumprimento de preceito fundamental sobre esse tema.
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