Conforme o Lacen-RR (Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima), entre 1º de janeiro e 10 de abril deste ano, a equipe da unidade analisou 320 amostras. Deste total, 26 foram positivas para Oropouche e uma para Mayaro. Conforme a Sesau (Secretaria de Saúde), está reforçando junto aos municípios a importância de aumentar o monitoramento de casos relacionados aos arbovírus Mayaro e Oropouche.
“O Lacen-RR incorporou no seu escopo de exames o diagnóstico molecular para Mayaro e Oropouche, que são dois arbovírus e, a partir disso, nós começamos a identificar a circulação deles nas amostras testadas”, afirmou a diretora técnica, Cátia Meneses.
Graças aos trabalhos realizados pela Vigilância Epidemiológica Estadual junto aos municípios, a população tem buscado cada vez mais identificar os sintomas nas UBS (Unidade Básicas de Saúde), fazendo com que haja um expressivo aumento de notificações.
Contudo, boa parte das amostras analisadas teve resultado negativo para essas doenças, o que tem gerado uma curiosidade e necessidade de investigar melhor o que tem circulado entre as pessoas.
“Escutamos muito falar da virose, então agora conseguimos incorporar essas duas arboviroses no nosso diagnóstico que é o Oropouche e Mayaro. Elas são doenças virais provocadas por arbovírus que são transmitidas através da picada do mosquito, da mesma forma que a dengue, e os sintomas são exatamente os mesmos”, explicou Cátia.
Segundo o Lacen-RR, os casos confirmados estão relacionados aos municípios de Rorainópolis, Caroebe, São João da Baliza, Cantá e Bonfim.
Elucidar para prevenir
Enquanto o Oropouche é transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis, a Febre do Mayaro é repassada para o ser humano por meio da picada de mosquitos silvestres da família Togaviridae.
Os sintomas são semelhantes os casos relacionados ao Aedes aegypti, ou seja, com pacientes apresentando sinais de febre, falta de apetite, bronquite, diarreia, sensação de queimação pelo corpo, dores de cabeça e atrás dos olhos, pescoço, nas costas e articulações e fotofobia.
Para a diretora técnica do Lacen-RR, é importante elucidar as amostras de casos suspeitos que estão sendo analisadas, fazendo com que o médico possa realizar o acompanhamento do paciente da melhor forma possível.
“Isso serve para que medidas de contenção e prevenção sejam tomadas através do mapeamento de onde estão surgindo esses casos notificados, que até então são suspeitos e posteriormente confirmados. Assim, a Vigilância Epidemiológica pode tomar medidas para controlar os focos caso haja um surto”, concluiu.
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