A segunda etapa da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aconteceu entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo. O evento reuniu bispos de todo o Brasil para tomada de decisões importantes ao clero brasileiro.
Os principais temas votados durante a assembleia foram as atualizações do Estatuto da CNBB, o novo Missal Romano, o Ministério do Catequista e o Documento nº 114, com título de “E a Palavra habitou entre nós” (Jo 1,14) – Animação Bíblica da Pastoral a partir das comunidades eclesiais missionárias”. Outros 14 temas diversos também foram refletidos e discutidos entre os cardeais, arcebispos, bispos diocesanos e auxiliares.
O padre Lúcio Nicoletto, administrador Diocesano de Roraima, representou o estado nessa segunda etapa. A primeira, realizada em abril deste ano, contou com a participação do ainda bispo de Roraima, Dom Mário Antônio. Conforme o padre Lúcio, a presença na Assembleia Geral foi uma oportunidade única de ver a Igreja Católica com outros olhos.
“É uma Igreja riquíssima de carismas, dons, de mil rostos e, sobretudo, de mil tradições, culturas e miscigenação, que diz o quanto é rica a caminhada da Igreja Católica no Brasil. Além de ter sido uma oportunidade de encontro para agradecer a Deus porque Ele nunca deixa sozinha a sua Igreja. Nos debates, pude perceber o quanto o Espírito Santo vai iluminando os corações dos cristãos e cristãs católicos, dos pastores que acompanham suas comunidades e da dedicação de inúmeros irmãos, leigos e catequistas”, disse o administrador.
As decisões aprovadas
A jornada para a tradução da terceira edição do Missal Romano começou em 2002, após a promulgação do Papa João Paulo II sobre a nova edição. Cerca de 18 anos depois, os membros da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel) deram retorno ao episcopado brasileiro, a partir de todas as contribuições recebidas nesse período, durante a 59ª Assembleia Geral.
“Foi um estudo muito atencioso da comissão específica da Conferência Episcopal brasileira, depois de ter recebido a edição oficial, diretamente da congregação para os sacramentos e o culto divino de Roma. A edição original é em língua latina e para fazer uma tradução muito fiel, demanda muito tempo, muito esforço. Agora finalizado esse trabalho, aos poucos será entregue às igrejas locais, o novo missal”, explicou padre Lúcio.
A instituição do Ministério do Catequista e da aprovação do Documento nº114 para animação bíblica também são trabalhos que fortalecerão a Igreja.
“O Papa Francisco instituiu o Ministério do Catequista, que foi visto como uma grande dádiva para a vida das nossas comunidades. Então, a Cetel elaborou um texto modelo para o rito do catequista, que reconhece o serviço de tantos catequistas. Um passo de grande valor. Já o documento de animação bíblica, vai ser uma grande ferramenta para a implementação da Palavra de Deus nas comunidades”, explicou o administrador.
Quanto à atualização do Estatuto da CNBB, servirá para a firmação de princípios gerais da instituição, que refletirão o rosto da Igreja no Brasil, entendendo a estrutura e o funcionamento desta para os dias de hoje. Ainda, procurando contemplar os critérios da sinodalidade, da missão e os eixos de formação integral, comunicação e diálogo estratégico com a sociedade.
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