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Acadêmicos farão trote solidário com foco no Combate à pobreza menstrual

A campanha começa em agosto e seguirá até o mês de outubro.

Acadêmicos farão trote solidário com foco no Combate à pobreza menstrual
Alexsandra Sampaio
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 Com a volta às aulas no Centro Universitário Estácio da Amazônia, acadêmicos da instituição realizarão um Trote Solidário com os novos estudantes mais conhecidos como 'calouros', que pretende incentivar as doações de absorventes e recursos financeiros para garantir que meninas e mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade financeira tenham acesso a produtos básicos de higiene menstrual.

A campanha está sendo realizada em parceria com o Instituto ELA (Instituto de Educadoras do Brasil) que reforça os dados divulgados pela Unicef e UNFPA em 2021, apontando que mais de 710 mil meninas vivem sem banheiro ou chuveiro em suas casas e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas, que inclui absorventes, sabonetes e banheiros.

De acordo com a pró-reitora de Extensão da Estácio, Fabiana Rikils, a campanha começa em agosto e seguirá até o mês de outubro. Todas as doações serão encaminhadas ao Instituto ELA que faz a distribuição dos produtos de três formas: entrega nas escolas da rede ensino pública, nos postos de saúde e diretamente às famílias que vivem em situação de pobreza.

Ela explica que a iniciativa tem como finalidade maior não só ajudar meninas e mulheres que enfrentam essas dificuldades, mas principalmente estimular a solidariedade e a empatia nos alunos e reforçar o papel importante de cada um como agente de mudança em suas comunidades. “A iniciativa também serve como oportunidade para conscientizar os estudantes e a sociedade em geral sobre a importância de se discutir abertamente a pobreza menstrual, e assim promover ainda mais ações que efetivamente transformem essa realidade”, observa a professora.

ADOTE UM CICLO

A pobreza menstrual é uma questão preocupante e real que afeta milhões de meninas e mulheres em todo o mundo, incluindo aquelas que vivem em comunidades carentes na região amazônica. A falta de acesso a produtos adequados para esse período pode levar a consequências que vão desde a interrupção dos estudos, o afastamento do trabalho e até a distúrbios da saúde física e mental.

A deficiência de absorventes e a incapacidade de comprá-los mensalmente tiram a autonomia e o bem-estar dessas mulheres, perpetuando o ciclo de pobreza e limitando as oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Além disso, a falta de informação sobre higiene menstrual adequada pode aumentar o risco de tolerância e outras complicações de saúde.

É nesse contexto que o Instituto ELA mantém seu projeto ‘Adote um Ciclo’ em parceria com instituições de ensino por todo o país. O Instituto é uma organização reconhecida por suas ações e projetos voltados para a promoção dos direitos femininos e a erradicação da pobreza menstrual.

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