No dia 14 de dezembro, a Diocese de Roraima recebeu a visita de representantes de Manos Unidas e a representação nacional da Fundação Fé e Alegria. O epicentro dessa visita foi a Casa da Caridade Papa Francisco, sede que agora abriga todas as pastorais e serviços da diocese, incluindo a Pastoral dos Migrantes, Rede Caritas e o escritório de Empreendedorismo Fé e Alegria. Acompanhados pelo Bispo de Roraima, Dom Evaristo Espengler, e pelo Padre Lucio Nicoletto, Vigário Geral, os representantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto as instalações e os organismos que compõem essa importante iniciativa, assim como o trabalho que fazem a diário com os migrantes e refugiados da região.

Os membros da Manos Unidas presentes nessa visita foram Juan Antônio García e Carlos Vicente. Além disso, participaram do encontro José Alberto Romero Blanco, coordenador Executivo de Fé e Alegria de Roraima assim como os membros das equipes locais, e o Padre Alexandre Raimundo, Presidente Nacional de Fé e Alegria. A comitiva contou também com a presença de Daniele Acedo, analista de projetos sociais da Fundação Fé e Alegria, vinda diretamente de São Paulo.

O Padre Alexandre Raimundo, jesuíta e diretor nacional da Fé e Alegria, enfatizou a importância desses encontros para fortalecer o projeto de acompanhamento às mulheres migrantes. '' Esta parceria é crucial com a Manos Unidas e a Diocese, visando fortalecer o projeto que não apenas oferece oportunidades de geração de renda, mas também promove o empreendedorismo como meio de reorganização social para as mulheres migrantes. Este processo educativo visa não apenas combater a violência, mas também enfrentar outros desafios que as mulheres enfrentam em sua jornada migratória.''

Carlos Vicente, responsável do projeto de Manos Unidas para Equador, Paraguai e Brasil, expressou surpresa e admiração pelo apoio significativo da Diocese de Roraima e Fé e Alegria. ''É uma mudança positiva na vida das mulheres migrantes, observamos que estão recuperando sua dignidade, estão conscientes de seus direitos e alcançando autonomia econômica. Manos Unidas, como principal apoiador financeiro de Fé e Alegria, reconhece o sofrimento enfrentado pelas mulheres migrantes em Roraima.''

Antônio Garcia, voluntário de Manos Unidas, compartilhou suas impressões após a visita, ressaltando o sofrimento das mulheres migrantes e a complexidade dessa situação. Ele agradeceu o trabalho das organizações envolvidas, reconhecendo o impacto positivo na população em uma situação tão delicada.

Esta visita demonstrou a união entre a Igreja Católica e organizações como Manos Unidas e a Fundação Fé e Alegrían em prol do serviço humanitário. Os representantes destacaram a eficácia dos trabalhos realizados na Casa da Caridade Papa Francisco. Dom Evaristo expressou gratidão e ressaltou a importância de fortalecer os laços institucionais, enfatizando a necessidade de permanecer em unidade.

Os temas discutidos durante a reunião abrangeram políticas públicas, migração, povos indígenas, violência de gênero, feminicídio em Roraima, e a importância de gerar incidências políticas para proteger os mais vulneráveis. Além disso, ressaltou-se a necessidade de fortalecer estudos e cursos na região e continuar fomentando o empreendedorismo em toda a população.

Manos Unidas: Luta Contra a Fome, a Má Nutrição e a Injustiça

Vale a pena lembrar, que a organização internacional Manos Unidas tem como missão combater a fome, o subdesenvolvimento e a falta de educação. Seu compromisso estende-se a erradicar as causas estruturais desses problemas, incluindo a injustiça, a distribuição desigual de bens, a ignorância, os preconceitos, a falta de solidariedade e a crise dos valores humanos e cristãos.

E a Fundação Fé e Alegria, uma obra de Promoção Social e Educação Popular da Companhia de Jesus, a Manos Unidas contribui para o futuro de milhares de pessoas, buscando construir uma sociedade democrática, justa e solidária. A visita evidenciou o compromisso dessas organizações na promoção do bem-estar e na busca por soluções para os desafios enfrentados pelas mulheres migrantes em Roraima.