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Fome no Brasil exige postura firme e ações concretas dos governos

Editorial Rubens

Fome no Brasil exige postura firme e ações concretas dos governos
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A divulgação do relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)", elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), revela uma realidade alarmante: a fome no Brasil piorou nos últimos três anos. Esse cenário lamentável expõe a falta de cuidado e atenção dos governos para com os mais pobres, evidenciando a necessidade urgente de uma postura mais firme e de ações concretas para combater essa grave situação.

Os dados revelados no relatório são assustadores: 70,3 milhões de pessoas no Brasil estão em estado de insegurança alimentar moderada, o que significa que enfrentam dificuldades para se alimentar. Além disso, 21,1 milhões de brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar grave, caracterizada pela fome. Esses números são reflexo do desmonte das políticas públicas sociais ocorrido nos últimos anos, interrompendo um trabalho iniciado nos primeiros governos do presidente Lula, que trouxe grandes avanços no combate à fome.

É inadmissível que um país com tamanho potencial agrícola e recursos naturais abundantes ainda enfrente esse flagelo social. A fome não pode ser tolerada em uma nação que possui capacidade de produzir alimentos para toda a sua população e ainda exportar excedentes. Os governos têm a responsabilidade de garantir o direito humano básico à alimentação, e é imperativo que adotem medidas concretas para reverter essa situação deplorável.

Nesse contexto, é louvável o esforço do Ministério do Desenvolvimento Social em preparar um plano para retirar o país do Mapa da Fome novamente. A implantação total do novo Bolsa Família, com seus adicionais para crianças, gestantes e adolescentes, já proporcionou a retirada de milhões de famílias da linha da pobreza. Essa é uma ação importante, mas não pode ser a única. É necessário investir em políticas públicas que promovam o acesso a alimentos de qualidade, estimulem a agricultura familiar e fomentem a inclusão produtiva dos mais vulneráveis.

Não podemos aceitar que a fome se perpetue em nosso país. É fundamental que os governos assumam a responsabilidade de enfrentar essa crise humanitária e adotem medidas efetivas para garantir a segurança alimentar de todos os brasileiros. Além disso, é imprescindível promover ações que estimulem a distribuição equitativa de alimentos, combatendo a concentração de terras e a especulação que elevam os preços dos produtos básicos.

O relatório da FAO também nos alerta para uma situação global preocupante. A fome é um problema que se agravou nos últimos anos, com um aumento de 122 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar em todo o mundo. Essa realidade exige uma resposta urgente e coordenada dos países, visando alcançar a meta de erradicar a fome até 2030, estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

A rádio Monte Roraima FM tem um papel fundamental na conscientização da população sobre a gravidade desse problema e na cobrança por ações efetivas por parte dos governantes. É preciso ampliar o debate público sobre a fome, envolvendo a sociedade civil, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade, para que juntos possamos pressionar por políticas que garantam o direito à alimentação adequada e digna.

Não podemos permitir que a fome continue a assombrar o Brasil. É hora de unir esforços, exigir ações concretas dos governos e trabalhar incansavelmente para que o país saia novamente do Mapa da Fome. A população brasileira merece viver em um país onde a garantia do direito à alimentação seja uma realidade para todos, sem exceção. A fome é uma chaga social que precisa ser erradicada, e nós, como cidadãos, temos o poder de exigir mudanças e lutar por um futuro mais justo e digno para todos.

FONTE/CRÉDITOS: Rubens Leal
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